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2 milhões de pessoas vigiam a internet na China, diz jornal

Cerca de dois milhões de pessoas trabalham na vigilância e na censura da internet na China, segundo informação de um jornal oficial

Chineses usam computadores em café de Pequim: os "policiais da rede" se encarregam de evitar que as redes sociais sirvam de espaço para criticar o regime comunista (Wang Zhao/AFP)

Chineses usam computadores em café de Pequim: os "policiais da rede" se encarregam de evitar que as redes sociais sirvam de espaço para criticar o regime comunista (Wang Zhao/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2013 às 09h47.

Pequim - Cerca de dois milhões de pessoas trabalham na vigilância e na censura da internet na China, segundo informação de um jornal oficial do país, que revelou detalhes sobre este "exército secreto".

Muitas pessoas dispõem de um programa que permite selecionar, com palavras-chave, uma grande quantidade de mensagens que circulam nas redes sociais chinesas, divulgou o diário Notícias de Pequim.

Os "policiais da rede", pagos pelos órgãos de propaganda do governo e do Partido Comunista, assim como sites comerciais, se encarregam de evitar que as redes sociais sirvam de espaço para criticar o regime comunista ou perturbar a ordem.

Apesar de serem muitos, os agentes não conseguem impedir que informações e comentários indesejados pelas autoridades chinesas sejam publicados e compartilhados na rede.

O trabalho consiste, basicamente, em "vigiar e obter informações sobre os usuários", disse um destes trabalhadores ao jornal. Ele contesta a alcunha de "agente secreto on-line".

Atualmente, as autoridades chinesas reforçam o controle das informações difundidas nas redes sociais.

Segundo uma diretriz recentemente adotada pelo governo, caso uma página de um microblog - como o Twitter - considerada ofensiva seja vista por 5.000 pessoas, o autor pode ir preso.

Internautas chineses autores de mensagens consideradas difamatórias compartilhadas pelo menos 500 vezes correm o risco de pegar uma pena de três anos de prisão.

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