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Brasilprev vai oferecer fundos de outras gestoras para varejo do BB

Hoje, apenas clientes de private banking têm acesso à plataforma aberta de fundos de previdência privada. O objetivo é aumentar o número de investidores

Marcio Hamilton, Brasilprev: foco no crescimento de 9% em 2020 (Brasilprev/Divulgação)

Marcio Hamilton, Brasilprev: foco no crescimento de 9% em 2020 (Brasilprev/Divulgação)

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Natália Flach

Publicado em 17 de janeiro de 2020 às 05h00.

Última atualização em 17 de janeiro de 2020 às 06h00.

São Paulo - Na dança das cadeiras que o Banco do Brasil costuma fazer de tempos em tempos, Marcio Hamilton deixou a vice-presidência de Negócios de Atacado do banco no fim do ano passado para assumir a liderança da entidade de previdência privada Brasilprev. A missão dele é aumentar o número de clientes, que atualmente está na casa de 2,1 milhões. É um total significativo se comparado aos 13,3 milhões de investidores no Brasil, segundo dados de outubro da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), mas aquém do potencial. Para se ter uma ideia, o BB tem 66 milhões de correntistas, de acordo com informações do Banco Central.

"A previsão do mercado é um crescimento de 9% neste ano, e a nossa perspectiva é crescer em linha com esse percentual", afirma o executivo, em sua primeira entrevista após a posse. Para isso, a Brasilprev aposta tanto no desenvolvimento de produtos voltados para pessoas físicas quanto na reformulação dos planos para micro, pequenas e médias companhias. "O foco é atuar em prol da democratização da previdência privada", diz.

Um exemplo é o Brasilprev Fácil, que é destinado a pessoas com renda de 2 000 reais a 8 000 reais por mês com contribuição mínima mensal de 100 reais. Desde agosto até agora, cerca de 300 000 pessoas aderiram aos planos. "A aprovação da reforma da Previdência no ano passado fez com que as pessoas procurassem se informar sobre o assunto. A queda da taxa de juros para o menor patamar da história reforçou o entendimento de que é necessário fazer um planejamento financeiro e que a previdência privada é uma alternativa importante", acrescenta o executivo que também já comandou a gestora do grupo, a BB DTVM.

É nesse contexto que a Brasilprev vai ampliar a oferta de fundos de outras casas, no que se convencionou chamar de "plataforma de arquitetura aberta de investimentos". Hoje, apenas os clientes private banking (que tem patrimônio na casa de milhões de reais) têm acesso a esse portfólio mais completo. "Em 2020, vamos fazer parcerias com outras gestoras e oferecer essa oportunidade para os clientes de varejo e Estilo do BB." Isso vai se dar por meio da oferta de fundos espelho.

Além disso, a Brasilprev acompanha de perto a tendência de redução das taxas de administração dos fundos de previdência - movimento iniciado no ano passado com o Santander. "Vamos analisar a continuidade desse processo", afirma.

 

 

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