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Visão Global | Uma China mais independente

Um estudo mostra que a China vem reduzindo a dependência do exterior em várias frentes e está se voltando mais para o mercado doméstico

China (Xiaodong Qiu/Getty Images)

China (Xiaodong Qiu/Getty Images)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 10 de outubro de 2019 às 05h12.

Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 10h54.

ECONOMIA MUNDIAL

A China é um caso singular de um país que se integrou à economia mundial do final da década de 70 em diante. Nos últimos anos, no entanto, o vínculo com os demais países passou a caminhar na direção contrária. A China vem reduzindo a dependência do exterior em várias frentes e está se voltando mais para o mercado doméstico. É o que mostra um estudo recente da consultoria de estratégia McKinsey.

Para chegar a essa conclusão, a McKinsey avaliou o fluxo entre a China e o mundo em três áreas: comércio, capital e tecnologia. Combinando os dados, a consultoria desenvolveu um índice de exposição da China ao mundo, em que o valor 1 indica a média de exposição dos países do G7 à China.

O resultado mostra que, enquanto os chineses diminuíram a relação com o exterior, a exposição do mundo à China continuou subindo. O problema é que a redução do engajamento chinês pode ter um impacto econômico significativo. Nas contas da McKinsey, a economia global deixará de ganhar de 22 trilhões a 37 trilhões de dólares em 2040 caso a tendência continue.

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MEIO AMBIENTE

CHILE, O MAIS CONSCIENTE

Shopping no Chile: os consumidores temem os impactos de seus hábitos | Rodrigo Garrido/Reuters

Com alguns dos melhores indicadores socioeconômicos da América Latina, o Chile é hoje também o país onde as pessoas mais se preocupam com causas ambientais no mundo, segundo um estudo da consultoria britânica Kantar. Hoje, 37% dos chilenos dizem que tomam medidas para reduzir os impactos de seu consumo no meio ambiente. E 40% afirmam que a responsabilidade de fazer a diferença é do consumidor. O índice é quase o dobro da média global e supera até o de países como Alemanha, Suécia e França.

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PAÍSES DESENVOLVIDOS

O EMPREGO NO MELHOR MOMENTO

Londres: a taxa de desemprego manteve a queda mesmo com a incerteza do Brexit | Alamy/Fotoarena

Na época em que os Estados Unidos tentavam se reerguer da crise de 2008, um debate quente entre os economistas era sobre o porquê de a recuperação estar demorando tanto tempo para gerar empregos — algo que ocorre hoje no Brasil. Dez anos depois, o mercado de trabalho dos países desenvolvidos não só voltou a ter emprego como o número de desempregados caiu ao menor nível em décadas. A zona do euro é um exemplo. Em agosto, os 19 países do grupo viram a taxa de desemprego cair para 7,4%, a mais baixa desde maio de 2008, quando o caos nos Estados Unidos contaminava a Europa. Até no Reino Unido os números são positivos e, segundo a análise do Bank of America Merrill Lynch, um dos fatores por trás disso é o Brexit — a saída da União Europeia. Uma explicação é que as empresas do país estão optando por contratar em vez de investir. A lógica? Se a saída do bloco gerar uma recessão, será mais fácil cortar postos de trabalho do que desfazer investimentos. A desaceleração da economia mundial é um risco. Mas a situação do mercado de trabalho por ora é positiva.

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