Taurus: a principal acionista da Taurus já tem uma joint ventures com a indiana SSS Springs (Diego Vara/Reuters)
Empresas de vida longa podem se beneficiar da experiência acumulada ao longo dos anos — mas ficar presas à tradição pode ter um efeito negativo. Foi o que ocorreu com a Taurus, fabricante gaúcha de armas. Comprada em 2014 pela Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), a empresa fundada em 1939 encontrava-se mergulhada em dívidas. “Ela estava perdida, sem processos definidos e com prejuízo acumulado”, diz Salesio Nuhs, presidente da Taurus. Depois de mapear os processos e realizar diagnósticos, a nova gestão iniciou uma transformação total da companhia.
Colocou em prática ações para recuperar o caixa, como a renegociação de dívidas com credores, e tratou de reorganizar a casa: todos os processos foram revistos e, onde foi possível, automatizados. Nesse percurso, a Taurus se desfez de negócios secundários para concentrar seus investimentos no mercado de armas de fogo. Com um portfólio mais amplo e atualizado, conseguiu conquistar novos mercados. O resultado foi positivo: saiu de um prejuízo de 286 milhões de reais, em 2017, para um lucro líquido superior a 20 milhões, nos três primeiros trimestres de 2019 (os dados do último trimestre ainda não foram fechados). Veja o passo a passo da reestruturação.