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Número de MEIs é recorde, mas 75% têm dificuldade para conseguir crédito

Nos meses de pandemia, dois em cada três MEIs tiveram queda na renda. Para quase metade desse universo, o rendimento caiu mais de 50%

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Economia brasileira: nos meses de pandemia, dois em cada três MEIs tiveram queda na renda (Amanda Perobelli/Reuters)

Economia brasileira: nos meses de pandemia, dois em cada três MEIs tiveram queda na renda (Amanda Perobelli/Reuters)

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Marcelo Sakate

Publicado em 22 de outubro de 2020, 05h48.

A crise provocada pela pandemia criou uma situação paradoxal para pequenos empreendedores. Ao mesmo tempo que derrubou forte­mente as receitas de negócios que dependem em boa parte da circulação de pessoas nas ruas, ampliou o desemprego de tal forma que deixou a atividade representada pelo Microempreendedor Individual (MEI) como alternativa para milhões de brasileiros.

É um segmento ainda carente de educação financeira e pouco atendido por bancos e fintechs, segundo um estudo da H2R Pesquisas a pedido do C6 Bank, ao qual a EXAME teve acesso. Quer aprender a gerenciar as suas finanças sem cair em dívidas? Saiba como na EXAME Academy.

Nos meses de pandemia, dois em cada três MEIs tiveram queda na renda. Para quase metade desse universo, o rendimento caiu mais de 50%. Ainda assim, o número de microempreendedores individuais não parou de crescer. Eram 10,9 milhões ao fim de setembro, com alta de 1,5 milhão neste ano. É um empreen­dedor que ganha até 81.000 reais ao ano (ou 6.750 reais ao mês), espalhados por atividades tão distintas como varejo de vestuário e salão de beleza.

O perfil é diverso, mas os diferentes MEIs guardam entre si alguns padrões de comportamento: para 57% dos MEIs, de acordo com a pesquisa, unificar as finanças da pessoa jurídica com as da pessoa física é uma prática comum, ainda que esse seja um dos conselhos mais elementares do que não fazer, presente em qualquer manual de empreendedorismo.

A pesquisa também revela uma oportunidade crescente para instituições financeiras: a despeito de ter sido tão impactado pela pandemia, o pequeno empreendedor não encontra o atendimento de que precisa: 73% relataram que procuraram crédito em bancos, mas enfrentaram dificuldade. Outros 76% disseram faltar produtos para sua empresa e citam que contratariam produtos como seguros se fossem mais acessíveis.

“Há uma distância entre o que os bancos prometem e a realidade. Esse público tem uma demanda reprimida enorme”, diz Tony Perrella, diretor da H2R. Como diz o ditado, enquanto uns choram na crise, há quem venda lenços. São lenços que estão em falta para o MEI.

(Arte/Exame)

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