Fábio Hering, presidente da Empresa do Ano: lucro com o foco no mercado doméstico (Claudio Rossi/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 11h38.
Mais tradicional e representativo encontro do mundo corporativo brasileiro, a festa anual de premiação das empresas destacadas por Melhores e Maiores, de EXAME, costuma ser também um termômetro do ânimo da economia do país. Na noite de 5 de julho, quando a cerimônia foi realizada no Clube Monte Líbano, em São Paulo, o que se viu foi esse termômetro marcar uma das temperaturas mais altas dos últimos tempos. A vibração tomou conta das dependências lotadas por mais de 1 300 empresários e executivos das mais importantes empresas que operam no Brasil. Não é para menos. A economia brasileira começou 2010 com ímpeto chinês e, mesmo com um arrefecimento já em curso, deve terminar o ano assinalando um crescimento superior a 7%. É uma taxa cujo antecedente mais próximo foi o espasmódico salto causado pelo Plano Cruzado 24 anos atrás. Embora a marca deste ano esteja sendo obtida por comparação com uma base deprimida — já que em 2009 a economia ficou estagnada —, também é fato que o resultado atual é muito mais consistente. Em primeiro lugar, não é fruto de uma pirotecnia de duração curta, como foi o Cruzado. Além disso, tende a ser seguido por um novo índice positivo da ordem de 4,5% em 2011, menos exuberante, é verdade, mas ainda muito bom dadas as conhecidas limitações estruturais do país.