Aquecimento global: CEOs contam expectativas para a COP26
O relatório climático mais importante do mundo trouxe dados alarmantes e pressiona a Cúpula do Clima da ONU, em novembro. Líderes terão papel decisivo
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Queimada nos Estados Unidos: CEOs esperam regras mais claras para a iniciativa privada combater o aquecimento global (SOPA Images/Getty Images)
Publicado em 19 de agosto de 2021, 05h01.
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em agosto, mostrou que a humanidade está perigosamente perto de um ponto sem volta no aquecimento global. Como os dados do relatório deverão impactar a COP26, conferência do clima organizada pelas Nações Unidas em Glasgow, na Escócia, em novembro deste ano?
No que depender de lideranças da iniciativa privada envolvidas com a discussão climática, a expectativa com a COP26 é gigantesca. O principal ponto é a regulação do artigo 6 do Acordo de Paris, de 2015, sobre as regras para a compra e venda de carbono no mercado internacional.
“Os cientistas por trás do estudo estão sendo tratados como celebridades”, diz Cristiano Teixeira, CEO da indústria de papel e celulose Klabin e um dos dez presidentes de empresa do mundo eleitos embaixadores da COP26. “Precisamos levar o maior número possível de empresas para a neutralidade em carbono.”
Os líderes da COP26 querem descarbonizar a economia até 2030. O problema: como garantir condições de mercado favoráveis a quem saiu na frente na corrida por energias mais limpas?
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“Não é justo competir com quem tira a energia do carvão enquanto uso biomassa”, diz Daniela Manique, presidente do Grupo Solvay. “Ele vai vender 20% mais barato.” O presidente do Grupo Boticário, Fernando Modé, segue a linha. “Na economia não existe apenas capital humano e industrial; há o capital natural”, explica.
“Nunca se pagou por ele e está na hora de pagar.” Em parte, diz o executivo, o setor privado será capaz de reduzir a pegada de carbono. Porém, não há como escapar de uma regulação por parte dos governos.
“A agenda ESG do governo e das empresas é a mesma, mas, no Brasil, ninguém está preparado”, alerta Luiz Maia, ex-Brookfield e atual vice-presidente da Anbima, associação de mercado de capitais, e do conselho ESG da Fecomercio-SP.
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