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Rupert Murdoch x Google. No Brasil

Nas palavras de um dos fundadores da maior rede social do mundo, o MySpace, as possibilidades de receita publicitária e distribuição de conteúdo da nova grande onda da internet não significam uma potencial ruptura no negócio tradicional da mídia. Chris DeWolfe defende publicamente a tese de sinergia entre os diferentes veículos de seu chefe, o […]

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2011 às 12h13.

Nas palavras de um dos fundadores da maior rede social do mundo, o MySpace, as possibilidades de receita publicitária e distribuição de conteúdo da nova grande onda da internet não significam uma potencial ruptura no negócio tradicional da mídia.

Chris DeWolfe defende publicamente a tese de sinergia entre os diferentes veículos de seu chefe, o australiano Rupert Murdoch, dono de um dos maiores conglomerados de mídia do mundo, o grupo News Corp.

O MySpace já vem faturando alto com a venda de publicidade, principalmente voltada para o público jovem. O site tem a maior audiência de internet dos Estados Unidos. A rede social será lançada oficialmente no fim deste ano no Brasil -- com a dificílima missão de desbancar o Orkut, que pertence ao Google. DeWolfe falou a EXAME de Los Angeles.
 
Diante do impacto das redes sociais no consumo da mídia tradicional, o MySpace não representa uma ameaça à própria News Corp?
DeWolfe - A News Corp sempre foi muito empreendedora. Rupert Murdoch sabe que a publicidade está migrando para a internet, mas enxerga várias sinergias entre as empresas do grupo. Nosso site detém 12% do tempo que os americanos passam na internet, e lá exibimos, por exemplo, vídeos da Fox (uma das quatro redes nacionais de TV dos Estados Unidos, controlada por Murdoch). Certamente, estamos somando.

Mas o MySpace pode ser mais preciso em publicidade do que a TV aberta. Isso não é uma ruptura?
DeWolfe - Esperamos que sim (risos). Temos muitas informações sobre nossos usuários, sabemos quem gosta de filmes de terror ou quem curte carros antigos. Podemos entregar a publicidade certa à pessoa certa na hora certa.

Por que lançar no Brasil?
DeWolfe - Em cinco anos, a maioria de nossos usuários e lucros virá de outros países. E o Brasil é um dos maiores mercados do mundo, tem uma cultura de muito uso da internet. Antes mesmo da tradução do site, já temos mais de 8 000 bandas brasileiras no MySpace.

O senhor fala em ter todos os círculos sociais do usuário no MySpace, mas há espaço para redes concorrentes no Brasil, onde o Orkut tem enorme alcance?
DeWolfe - O MySpace é diferente. Nosso negócio é a auto-expressão, a descoberta de novidades. Sites como Orkut e Facebook são mais parecidos com ferramentas, como um e-mail. Por isso, há espaço para mais de uma rede social. Alguns usuários vão trocar de rede, outros vão ter perfil em dois sites, talvez. Poucos vão conseguir lidar com mais que isso.

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