Gilson Finkelsztain, presidente da B3: planos ambiciosos para 2022 (Leandro Fonseca/Exame)
Graziella Valenti
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 22h00.
Última atualização em 26 de outubro de 2021 às 12h19.
No início dos anos 2000, a então Bovespa girava menos de 500 milhões de reais ao dia e apenas em pregões — gordos — de exercício de opções. A função do mercado de alimentar a tal da economia real e as ofertas públicas iniciais (IPOs) estavam apenas nos livros.
Não era plausível, então, pensar que em 2020 a movimentação diária estaria em torno dos 30 bilhões de reais — e num ano de pandemia. Que, em 2021, esse total estaria perto de 35 bilhões de reais. Que as ofertas públicas de ações movimentariam mais de 118 bilhões de reais em 2020 e que, até setembro deste ano, bateriam recorde histórico, com mais de 120 bilhões de reais.
Essa é a fotografia do presente. A agora B3, após a combinação com a BM&F e com a Cetip, é uma empresa avaliada em mais de 81 bilhões de reais, com mais de 5 trilhões de reais listados na soma do valor das companhias. Em 2020, o lucro líquido atribuído aos acionistas teve um crescimento de 53%, para 4,2 bilhões de reais. A receita líquida saiu de 5,9 bilhões para 8,4 bilhões de reais. O resultado se deve à volatilidade, à explosão de contas abertas por pessoas físicas e à forte movimentação com ofertas de ações.
Para 2021, os desafios que se colocam são a tecnologia e a ameaça de concorrência. Gilson Finkelsztain, presidente da B3, tem planos de avançar em plataformas para serviços como seguros, recebíveis e energia livre. “O número de empresas listadas ainda é pequeno e há espaço para crescer”, afirma.