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Na briga pelo delivery mais rápido, empresas investem em digitalização

Varejistas deverão ampliar aportes para chegar antes na casa dos consumidores

Em dezembro, a americana JOKR, dona da paulistana Daki, virou um unicórnio ao captar 260 milhões de dólares com a promessa de entregar produtos de mercearia em até 15 minutos (Leandro Fonseca/Exame)

Em dezembro, a americana JOKR, dona da paulistana Daki, virou um unicórnio ao captar 260 milhões de dólares com a promessa de entregar produtos de mercearia em até 15 minutos (Leandro Fonseca/Exame)

A entrega rápida deixou de ser mimo para virar quesito de sobrevivência para o varejo digital. Varejistas como Magalu e Mercado Livre cultivam uma briga pelo título de delivery mais rápido. (Em dezembro, o Conar, órgão de autorregulação da publicidade brasileira, obrigou os varejistas a provar a agilidade dos serviços ou abandonar a promessa de “entrega mais rápida”).

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A despeito do puxão de orelha, os varejistas estão dispostos a subir a barra da disputa com delivery em questão de minutos, ou “ultrarrápido'”. Na metade de 2021, a Americanas passou a entregar em até 30 minutos em grandes cidades. Para isso, descentralizou o estoque em 225 galpões em 12 estados, além de 3.400 lojas físicas. Metade das entregas é feita em 24 horas; e 15%, em até 3 horas. O Mercado Livre investiu em frota própria: hoje são 13.000 veículos e três aviões. A empresa diz entregar 90% em até dois dias.

A corrida pelo delivery “ultrarrápido” movimenta o mercado de aquisições. Em dois anos, o Magalu comprou pelo menos 20 empresas, boa parte de logística e inteligência de dados.

A briga por entregas mais ágeis também atrai entrantes. Em dezembro, a americana JOKR, dona da paulistana Daki, virou um unicórnio ao captar 260 milhões de dólares com a promessa de entregar produtos de mercearia em até 15 minutos. Para isso, a Daki usa uma rede de 60 estoques chamados de dark stores em regiões estratégicas de grandes centros. O modelo serve de inspiração para a Americanas — a varejista já mapeou 300.000 metros quadrados de espaços para futuras dark stores.

“Empresas podem lançar mão de novas tecnologias ou apostar em parcerias locais”, diz Daniel Mota, especialista em logística da Fundação Vanzolini e da Poli-USP.

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