Revista Exame

Os olhos que vigiam a Amazônia

O Imazon, ONG pioneira em pesquisas na região, se aproxima dos 30 anos com a mesma premissa: usar a ciência para preservar a riqueza florestal

Margens do Rio Negro, no Amazonas: a região despertou o interesse de pesquisadores americanos nos anos 70 | Timothy Allen/GETTY IMAGES /

Margens do Rio Negro, no Amazonas: a região despertou o interesse de pesquisadores americanos nos anos 70 | Timothy Allen/GETTY IMAGES /

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2019 às 05h34.

Última atualização em 25 de julho de 2019 às 14h47.

Um relatório divulgado no início de abril pela ONG Imazon mostra que, de julho de 2016 a agosto de 2017, cerca de 60% da extração madeireira no estado do Pará ocorreu sem autorização do governo.  Isso corresponde a cerca de 54.000 hectares, uma área maior do que a da cidade de Porto Alegre. A chamada extração seletiva de madeira — ou manejo florestal — é uma atividade permitida por lei, desde que sejam respeitadas as regras sobre a quantidade e a idade das árvores que podem ser derrubadas, de modo que a floresta tenha condições de se regenerar melhor.  Mas, quando praticada sem o devido consentimento dos órgãos ambientais, abre caminho para a destruição completa de porções de floresta, além de inundar o mercado com madeira ilegal, mais barata e ambientalmente irresponsável. Os dados são do Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira (Simex), desenvolvido pelo Imazon em 2008 e que, há dez anos, fornece diagnósticos anuais do setor no norte do país.

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