Reunião diária na LTM: a prioridade das tarefas passou a ser definida pelos times | Omar Paixão /
Aline Scherer
Publicado em 12 de abril de 2018 às 05h52.
Última atualização em 12 de abril de 2018 às 05h52.
Entre abril e julho de 2017, a empresa de programas de fidelidade paulistana LTM conquistou novos clientes e a demanda de trabalho quase dobrou. A solução tradicional seria aumentar em cerca de 50% o time de 400 funcionários, o que exigiria ampliar o escritório. “Se optássemos por esse caminho, nossa margem de lucro ficaria comprometida”, diz Emerson Moreira, fundador e presidente da LTM, com receitas de 700 milhões de reais em 2017.
Decidiu-se, então, adotar metodologias ágeis, que costumam reduzir o tempo de execução de projetos, para a condução dos trabalhos desenvolvidos para os clientes. No modelo usado até então, os projetos só eram executados após a conclusão de um plano detalhado. A equipe de tecnologia, por exemplo, só começava suas tarefas depois que a de produto terminasse as suas, o que tornava o processo lento.
O novo formato, inspirado no jeito de trabalhar das startups e desenvolvedoras de software, envolve times multidisciplinares com autonomia. O acompanhamento é diário; a correção de rotas, mais veloz. Agora, planeja-se ao mesmo tempo em que se executa. A mudança gerou resistência e expôs os funcionários de pior desempenho. Cerca de 3% do quadro foi trocado por profissionais com experiência em métodos ágeis.