Labellamafia: monitoramento em tempo real de indicadores como o fluxo de pessoas nas lojas e peças mais vendidas (Divulgação/Divulgação)
Leo Branco
Publicado em 20 de janeiro de 2022 às 05h51.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2022 às 11h01.
Boa parte da atenção do empreendedor Giulliano Puga nos últimos meses foi dedicada às táticas para ampliar as vendas de 1.200 lojas multimarcas com produtos da grife de streetwear Labellamafia, que ele preside desde 2019. O isolamento social retraiu o fluxo de clientes na maioria desses pontos de venda.
Quer investir na bolsa e não sabe como? Aprenda tudo com a EXAME Academy
O jeito de bombar de volta esse canal foi criar um braço de tecnologia para ajudar os lojistas a ter mais noção sobre o comportamento dos clientes. Com um software criado pela paulista Data System, a direção da Labellamafia hoje monitora em tempo real indicadores como o fluxo de pessoas nas lojas e as peças mais vendidas.
Além disso, com o uso de outras tecnologias, Puga e a gerência da Labellamafia analisa dados pouco usuais no dia a dia do varejo, como a evolução de casos de covid-19 na cidade onde está a loja ou o número de curtidas que uma peça da Labellamafia recebeu no Instagram.
Tudo isso vai para uma central de controle na sede da empresa, em Palhoça, na Grande Florianópolis. “É uma sala de guerra com vários telões com indicadores capazes de afetar o movimento numa loja”, diz. “A ideia é o lojista deixar de confiar no feeling e usar mais dados para planejar as vendas.” Entre os lojistas com acesso aos dados, mais de 30 viraram franqueados em troca de consultorias personalizadas. Em 2021, a Labellamafia faturou 150 milhões de reais, o triplo de 2019.