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(Fotos: Fine Art/Getty Images e Divulgação/Getty Images)
Daniel Salles
Publicado em 8 de outubro de 2020 às 05h38.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2021 às 15h56.
É uma das cenas mais lembradas — talvez a melhor — de Lost in Translation, o filme de Sofia Coppola lançado no Brasil como Encontros e Desencontros. Em Tóquio para rodar o comercial de um uísque, o decadente ator americano Bob Harris, papel de Bill Murray, ouve as instruções do histriônico diretor japonês sem entender patavina — a aparvalhada tradutora não converte em inglês nem um décimo delas. “For relaxing times, make it Suntory time”, arrisca, afinal, o ator. “Cut, cut, cut, cut, cut!”, esbraveja o diretor, emendando uma série de frases em japonês: “Suntory é muito exclusivo. O som das palavras é importante. Esse não é um uísque comum, você sabe”. Sem entender nada, Harris acrescenta uma dose de ironia ao slogan — e o repete do mesmo jeito.