Maurizio Billi, CEO da Eurofarma: “Sem novidades não há futuro" (Germano Lüders/Exame)
Beatriz Quesada
Publicado em 20 de outubro de 2021 às 22h00.
Última atualização em 11 de novembro de 2021 às 11h32.
Prestes a completar 50 anos, a farmacêutica Eurofarma acelera os investimentos em inovação para se manter competitiva. Em meio ao ambiente de incertezas e a restrições da pandemia, o laboratório conseguiu encerrar 2020 com um crescimento de 41% no Ebitda (geração de caixa operacional) e de 18,5% nas receitas líquidas. O plano agora é ampliar os esforços em inovação: a companhia planeja investir 420 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento em 2021 — um valor 45% maior do que no ano passado.
“Uma empresa que não tem novidades não tem futuro. Somos uma companhia de genéricos, mas pretendemos ter produtos que sejam fruto da nossa pesquisa”, afirma o presidente da Eurofarma, Maurizio Billi. São mais de 500 profissionais dedicados exclusivamente ao desenvolvimento de novos remédios, seja de forma incremental, com insumos já conhecidos, seja por meio da chamada inovação radical, que cria medicamentos do zero.
Uma das principais apostas está no campo de vacinas contra a covid-19. A empresa firmou em agosto um acordo com os laboratórios Pfizer e BioNTech para a produção do imunizante contra o coronavírus na América Latina. É o primeiro passo para entrar nesse mercado. A Eurofarma também está de olho em segmentos deixados de lado pelos grandes players internacionais. “Falta inovação no setor de antibióticos, por exemplo. É uma oportunidade para desenvolver um nicho de atuação.”
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