Mercedes-Benz GLC 300 4Matic Coupé: novo modelo da marca alemã (Mercedes-Benz/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 05h24.
Última atualização em 5 de dezembro de 2019 às 10h10.
Quando chegaram ao mercado mundial com o pomposo nome de sport utility vehicles, os jipões de luxo rapidamente foram apelidados pela sigla SUV, e desde então estão botando para quebrar — figurativamente falando, é óbvio.
Altos, robustos, valentes, com cara de poucos amigos e imponentes, os modelos caíram nas graças de quem queria se sentir seguro e soberano, fosse em situações extremas fora da estrada, fosse no caos do trânsito urbano mesmo. Passado o impacto inicial e caminhando para uma acomodação das coisas, os — para nós, brasileiros — utilitários esportivos estão se tornando cada vez menos utilitários e mais esportivos.
Fortes eles continuam sendo, evidentemente, até porque para arrastar aquelas toneladas ambulantes é preciso estar com os músculos em dia. Mas, junto com esse tônus, eles estão também ainda mais confortáveis, aconchegantes, luxuosos e, por que não?, estilosos.
A maior prova disso é a onda de SUVs que estão se rendendo ao encanto das formas dos cupês — aqueles modelos clássicos com o teto rebaixado na traseira, tidos como uma das configurações mais belas das ruas, mesclando esportividade com uma pitada de classe. Quer tirar a prova? Basta virar os pescoço e observar melhor exemplares como Porsche Cayenne e Audi Q8, para citar marcas alemãs que transitam com desenvoltura nesses dois segmentos e estão com novos produtos na praça. Mas estão longe de ser as únicas.
Recentemente estivemos no lançamento do renovado Mercedes-Benz GLC, modelo que traz as opções das carrocerias genuinamente SUV, mais altas e, vá lá, brutas, e uma cupê, mais baixa, amistosa, digamos — e, claro, esportiva.
Embora a Mercedes coloque cada um desses modelos em gavetas distintas, as duas espécies podem se passar perfeitamente por um SUV, embora uma seja mais puro-sangue e a outra mais estilosa. Para um olhar comum, no entanto, são apenas variantes de um mesmo veículo.
A bem da verdade, até mesmo a versão raiz do GLC parece estar mais comportada. A prova é que, mesmo equipada com o inédito motor a diesel, o silêncio impera em seu interior, inclusive quando a rotação sobe, até dando a impressão de estar dirigindo um modelo a gasolina.
Da mesma forma, foi-se o tempo de se sentir domando uma batedeira de bolo ao volante de um veículo a diesel. Na escala de trepidação, o ponteiro do motorista não saiu do zero.
O veículo costuma refletir a personalidade do dono. Noves fora a questão de se sentir especialmente protegido enquanto está a bordo, o motorista que está optando pelas variações dos cupês em corpos de SUVs parece querer um veículo forte porém amistoso, valente e ao mesmo tempo elegante, robusto sem ser agressivo. E, sim, muito cool.