Revista Exame

Melhores do ESG: os destaques do ano em energia

Engie Brasil Energia é vencedora da categoria energia; CPFL e EDP são destaques

Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie: empresa se desfez de todas as operações a carvão e agora se concentra apenas nas fontes renováveis (Leandro Fonseca/Exame)

Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie: empresa se desfez de todas as operações a carvão e agora se concentra apenas nas fontes renováveis (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 18 de junho de 2024 às 06h00.

Em 2023, a Engie Brasil Energia, geradora de energia, se desfez da última operação a carvão com a conclusão da venda da Usina Termelétrica Pampa Sul. Com o negócio, a companhia passou a ser uma geradora de energia elétrica 100% renovável — a maior do país —, com investimentos apenas para a ampliação da capacidade instalada de fontes limpas na matriz nacional. A jornada começou em 2016. De lá para cá, foram mais de 20 bilhões de reais investidos em empreendimentos de energia eólica e solar, além de infraestrutura de transmissão. Eduardo Sattamini, diretor-presidente e de Relações com Investidores, avisa: “Seguiremos este plano de crescimento virtuoso para os negócios e para o país”.

A aposta em fontes diversificadas de energia — hídrica, eólica, solar e biomassa —, além de um novo sistema de transmissão, vai demandar, segundo previsão, um aporte de 14 bilhões de reais até 2026. Sattamini diz que a geração e o compartilhamento de valor pela companhia são pautados na sustentabilidade. “Estamos certos de que não há outro caminho senão o foco em ESG. Temos um mandato do Grupo Engie para atuar no sentido de promover as melhores práticas em favor das pessoas e do planeta, ao mesmo tempo que geramos retorno aos nossos investidores”, diz. Segundo o executivo, não é difícil conjugar esses interesses. “Nossos investidores querem uma empresa perene, por isso  sustentável em todos os aspectos.”

Paralelamente aos investimentos em infraestrutura para a produção de energia limpa, a Engie tem destinado parte dos esforços ao relacionamento com as comunidades do entorno de suas operações. “Nossas prioridades são as comunidades das quais fazemos parte, que estão próximas aos nossos ativos, operacionais e em implantação, sendo as áreas de investimento social focadas no acesso à educação, à cultura, ao esporte, além da proteção da infância e da juventude e a geração de renda”, detalha Sattamini.

Além de identificar os desafios socioambientais de cada local, a Engie traça estratégias e desenvolve programas de longo prazo para superá-los. Por exemplo, por meio da geração de oportunidades aos jovens e do acolhimento dos mais vulneráveis, com o desenvolvimento de programas específicos para as comunidades. Ou, então, com a adesão a iniciativas bem estruturadas encabeçadas por terceiros que tenham boas práticas éticas, de gestão, e controles adequados de resultados. Os recursos destinados à responsabilidade social são distribuídos entre programas estruturantes e projetos pontuais, como a implantação e operação de Centros de Cultura, o Programa de Apoio à Educação e o Programa Mulheres do Nosso Bairro. A empresa conta, ainda, com o Programa Parcerias do Bem, que convida clientes e parceiros a se engajarem nas iniciativas de responsabilidade social. Em 2023, chegou-se a um total de 100 parceiros ativos e cerca de 5,4 milhões de reais investidos em ações para geração de renda, educação e cultura.

Intramuros, a companhia tem acelerado iniciativas para garantir um ambiente de trabalho saudável, seguro e inclusivo, que fomente o desenvolvimento e a prosperidade. Segundo a empresa, em 2023 houve um aumento de 2,7 pontos percentuais no número de mulheres no quadro funcional, passando para 29,4% do total de colaboradores. A taxa de crescimento foi maior quando se analisa a presença feminina em cargos de liderança — de 23,2% em 2022 para 27,6% no ano passado. “Diferentes ações que acompanham toda a trilha de carreira das mulheres foram implementadas para isso, e queremos alcançar o equilíbrio de gênero em nossa companhia até 2030”, sinaliza o diretor-presidente.


DESTAQUES DO SETOR

As empresas que junto com a Engie Brasil Energia se destacaram em Energia

CPFL

Com a meta de ser carbono neutro a partir de 2025, o Plano ESG 2030 da CPFL começou a sair do papel em janeiro de 2023. A plataforma com quatro pilares e 23 compromissos públicos busca impulsionar a transição energética e maximizar os impactos positivos da atuação dos negócios do grupo, que anualmente é revisada de forma integrada ao ciclo de planejamento estratégico.

Um dos temas pautados pelo Plano ESG é a descarbonização tanto das próprias operações quanto da cadeia de valor. Com o monitoramento de emissões, por meio do inventário de gases de efeito estufa (GEE), o grupo diagnosticou as principais atividades que afetam sua pegada de carbono e definiu metas de redução.

EDP

A EDP trabalha com base no reconhecimento não apenas do risco das mudanças climáticas nos negócios mas também da oportunidade de transição para uma economia de baixo carbono.

No ano passado, foi lançado o Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas, estruturado a partir de ações voltadas para as condições de trabalho e saúde das equipes de campo; vulnerabilidade climática; transição energética justa; atuação em órgãos reguladores; redes mais inteligentes; metrologia para apoiar a operação e manutenção; infraestruturas mais resilientes; inovação para adaptação; novas tecnologias; novos negócios; e revisão de processos.


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