(sarayut Thaneerat/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 2 de julho de 2020 às 05h03.
Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 12h12.
Mesmo com a taxa Selic na mínima histórica, 2,25% ao ano, ainda é possível conseguir retornos atrativos na renda fixa. Até o Tesouro Direto permite alguma ousadia. “Quanto mais longo o vencimento, maior a volatilidade. Se os juros futuros caírem, o investidor poderá vender o título do Tesouro Nacional por um preço maior do que o de compra”, diz Bruno Eiras, presidente e diretor da gestora de recursos Devant Asset.
Os títulos corporativos podem oferecer rentabilidades maiores. Entre as opções, as debêntures incentivadas, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) são os mais acessíveis, além de isentos de imposto de renda para a pessoa física. “Mas nem todo título é melhor do que um não isento. É preciso fazer conta”, diz Odilon Costa, analista de renda fixa e crédito privado da EXAME Research, a unidade de análise de investimentos da EXAME.
Na categoria, acompanhar a saúde financeira do emissor é importantíssimo. Assim como nos títulos bancários, a rentabilidade varia de forma inversa à qualidade da empresa emissora da dívida. “É uma relação de risco-retorno. Pode-se correr mais risco ao emprestar para empresas com nota de crédito pior ou aportar em produtos com menor liquidez, como CRIs e CRAs”, diz Pierre Jadoul, gestor de crédito privado da ARX.
Na ponta extrema da relação risco-retorno, estão os títulos de dívidas de empresas em dificuldade financeira. Esse tipo de investimento costuma ser menos acessível para o pequeno investidor. Porém, têm surgido mais opções. A gestora Hurst Capital, por exemplo, permite que pessoas físicas financiem empresas impactadas pelo novo coronavírus, recebendo taxa de juro anual de 15% a 20%. “Estamos investindo principalmente no setor de alimentos”, diz Arthur Farache, presidente da Hurst Capital.