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MM 2023: Rede D'or lidera setor de saúde e vê espaço para crescer ainda mais

A Rede D’Or tem mais de 70 hospitais no Brasil e uma gestão que pensa no longo prazo

Rede D’Or: a empresa nasceu como centro de diagnósticos há 46 anos, no Rio (Germano Lüders/Exame)

Rede D’Or: a empresa nasceu como centro de diagnósticos há 46 anos, no Rio (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 14 de setembro de 2023 às 06h00.

Última atualização em 14 de setembro de 2023 às 06h33.

Com mais de 70 hospitais espalhados pelo Brasil, a Rede D’Or carrega o título de maior rede independente de hospitais privados do país. A empresa, que tem 46 anos de história, tem valor de mercado estimado em 67 bilhões de reais. O negócio surgiu como Cardiolab, um centro de medicina diagnóstica no Rio de Janeiro. À frente dele estava o cardiologista Jorge Moll.

O médico com alma de empreendedor enxergou na área da saúde um mar de oportunidades. Em 1994, o empresário comprou metade do Hotel D’Or, em Copacabana, visando construir um hospital no local. “A ideia de todos os exames em um só lugar era uma inovação. E o início dos hospitais mudou a medicina privada no país”, afirma Paulo Moll, presidente da Rede D’Or e um dos filhos do fundador.

Em 2007, começou uma expansão fora do Rio de Janeiro. A D’Or comprou os hospitais Esperança e São Marcos, em Pernambuco, e o hospital São Luiz, em São Paulo. No mesmo ano, vendeu a divisão de medicina diagnóstica à rede de laboratórios Fleury. “A empresa tem uma visão de longo prazo, controladores muito comprometidos. Foram anos reinvestindo os dividendos”, diz Paulo Moll.

Em 2010, a Rede D’Or já tinha comprado 11 hospitais regionais de médio porte. Conseguir investimento era um desafio. Isso porque não era permitido investimento estrangeiro na saúde. Em 2015, a legislação mudou, e a companhia foi a primeira beneficiada. Com o investimento de 5 bilhões de reais, fez mais quatro aquisições em 2016. Foi nesse ano que a Rede D’Or ganhou pela primeira vez MELHORES E MAIORES.

O sucesso da expansão da Rede D’Or é uma combinação de investimento com o modelo de gestão. Todas as atividades administrativas são centralizadas em uma unidade de serviços compartilhados e, com isso, os custos são diluídos. Com todo esse diferencial, a Rede D’Or ganhou, em 2019, pela segunda vez o prêmio MELHORES E MAIORES. A companhia é a mais vitoriosa de um dos setores mais novos de MM: Saúde e Serviços de Saúde. Em 2020, a Rede D’Or levantou 11,39 bilhões de reais em sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).

No meio do caminho, a Rede D’Or enfrentou o período mais crítico: a pandemia de covid-19. “Nosso reconhecimento aos médicos, enfermeiros e toda a equipe de linha de frente é eterno”, diz Paulo Moll. Sobre o futuro, a Rede D’Or planeja a expansão com novos hospitais, em cidades como Campinas e Guarulhos. A previsão é de mais 6.000 leitos até 2027.

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