Inaugurado no final de fevereiro, o Museu do Futuro, uma estrutura gigante de 320.000 metros quadrados, mostra, em seis andares, sem uma única coluna, uma visão dos avanços tecnológicos do mundo nos próximos 50 anos. Investimentos de 136 milhões de dólares permitiram a reprodução de uma estação espacial. Na fachada, 1.024 painéis de aço trazem mensagens de esperança, em árabe. (Leandro Fonseca/Exame)
Publicado em 14 de abril de 2022 às 05h22.
Última atualização em 14 de julho de 2023 às 16h28.
Um dos maiores produtores mundiais de petróleo, os Emirados Árabes vinham diversificando as fontes de receitas bem antes da guerra na Ucrânia, de olho na transição energética. Com o conflito e o novo choque do petróleo, Dubai, cidade mais pujante do reino, passou a investir ainda mais em avanços tecnológicos, turismo e infraestrutura.
Cerca de 25 milhões de pessoas visitaram a Expo Dubai, feira mundial de exposições realizada entre outubro de 2021 e março deste ano em uma área de 438 hectares em Dubai. Mais de 2 milhões de visitantes passaram pelo pavilhão do Brasil. O evento, que custou 7 bilhões de dólares, trouxe inovações tecnológicas e arquitetônicas de 190 países.
Maior arranha-céu do mundo, com 833 metros de altura e 160 andares, o Burj Khalifa (ao lado) é uma das estrelas de Dubai — e da infraestrutura urbana mundial. Em 2021, os Emirados aprovaram um plano de mais de 12 bilhões de dólares para a construção de novas avenidas, pontes, estações de metrô, escolas, universidades e centros de saúde.
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Com capacidade para 40.000 pessoas, a Grande Mesquita Sheik Zayed, inaugurada em 2007, ocupa 12 hectares entre locais fechados, decorados com 100.000 toneladas de mármore grego, e jardins. As 82 cúpulas e demais estruturas, incluindo o salão principal de 5.600 metros quadrados, foram construídas por mais de 3.000 trabalhadores durante os 12 anos que durou a obra.
Nos últimos 15 anos, Dubai investiu mais de 30 bilhões de dólares em projetos de infraestrutura, entre eles rodovias e hospitais. Agora está sendo preparada uma segunda onda de investimentos — uma ilha artificial de 1 bilhão de dólares deve começar a sair do papel no segundo semestre do ano, assim como um shopping com 450 lojas e um novo terminal aéreo.
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