Protesto de funcionários AT&T em Dallas: os Estados Unidos registraram apenas sete paralisações de trabalhadores em 2017 (LM Otero / AP Photo/AP)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2018 às 05h52.
Última atualização em 2 de agosto de 2018 às 15h54.
Entre os dados sobre o mercado de trabalho americano divulgados em fevereiro, um deles chama a atenção: a baixíssima quantidade de greves registradas em 2017. Segundo o Escritório de Estatísticas do Trabalho, foram apenas sete paralisações no ano — no país inteiro. É o segundo número mais baixo já registrado. Só fica atrás de 2009, quando ocorreram cinco greves. O curioso é que, até os anos 80, as paralisações eram mais comuns, mas quase desapareceram na última década. Alguns fatores explicam a mudança, como o crescimento do setor de serviços, o surgimento de novos modelos de contratos de trabalho e o enfraquecimento dos sindicatos. Hoje, um em cada dez trabalhadores americanos faz parte de sindicatos. No momento em que o mercado financeiro se preocupa com o aumento dos salários — e os efeitos sobre a inflação e os juros —, a capacidade de negociação salarial é um fator a ser considerado. Em tempo: no Brasil foram 76 greves com mais de 1 000 funcionários em 2016, dado mais recente disponível.