Agência do Itaú (Alexandre Battibugli /EXAME)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2012 às 14h51.
São Paulo - EXAME ouviu 30 analistas dos principais bancos e corretoras do país e cruzou suas recomendações com uma pesquisa da consultoria Economática que apontou os papéis mais baratos do mercado. O resultado são as ações desta reportagem.
Elas foram divididas em grupos. O primeiro reúne as principais apostas para o ano, de todos os setores. Em seguida, aparecem os papéis de consumo, os de companhias que pagam dividendos e os de small caps — que são vistos como segmentos promissores. Essa divisão foi feita para que o investidor tenha mais opções.
As grandes apostas
As oito ações a seguir são as mais recomendadas para este ano pelos principais bancos e corretoras do país. Há papéis de maior e de menor risco — em geral, os mais arriscados são os de empresas expostas ao vaivém do cenário externo, como Gerdau, Vale e Petrobras (que ainda está sujeita à interferência de Brasília).
As companhias de energia elétrica são vistas como opções mais conservadoras, por pagarem dividendos elevados, e os bancos são considerados alternativas baratas — na avaliação da maioria dos analistas, as ações de Bradesco e Itaú Unibanco sofreram demais em razão da deterioração do cenário externo, porque os investidores estrangeiros venderam papéis de instituições financeiras de forma indiscriminada.
Risco: Médio
Setor: Bancário
Por que foi indicada: Entre os grandes objetivos do banco em 2012 estão o corte de despesas administrativas, o aumento da eficiência e o controle das taxasde inadimplência, que subiram em 2011 e fizeram as ações perder valor. A previsão é que a carteira de crédito cresça 15% neste ano em relação ao volume de 2011,em linha com a média do mercado. A conclusão do processo de migração das agências do Unibanco para o Itaú deve ajudar a reduzir os custos.
Atenção se: A inadimplência subir e se a crise externa piorar — cenários mais turbulentos costumam afastar os investidores estrangeiros das ações de bancos.
Quantos analistas recomendaram a ação: 21
Risco: Alto
Setor: Mineração
Por que foi indicada: As ações estão mais baratas que as de suas principais concorrentes, a BHP e a Rio Tinto. Os analistas dizem que o desconto se deve mais à confusão envolvendo a troca do presidente da empresa do que aos resultados, que são sólidos. O preço do minério de ferro, principal produto, deve cair, mas a mineradora vai investir para se tornar mais eficiente.
Atenção se: A projeção do crescimento da China, maior mercado da Vale, for inferior a 8%, se o governo aumentar os royalties na mineração e se a empresa perder na Justiça ação bilionária envolvendo impostos
Quantos analistas recomendaram a ação: 15
Risco: Alto
Setor: Petrolífero
Por que foi indicada: Espera-se que a empresa aumente sua produção com o início da operação de novas plataformas (em 2011, os volumes ficaram abaixo do previsto). Além disso, os reajustes nos preços da gasolina (10%) e do óleo diesel (2%), anunciados no final de novembro, devem melhorar os resultados neste ano. Por enquanto, a troca de presidente foi bem recebida pelos investidores.
Atenção se: O preço do petróleo subir e a empresa não reajustar os combustíveis. Outro risco é o dólar valorizar: 70% de suas dívidas são atreladas à moeda americana
Quantos analistas recomendaram a ação: 11
Risco: Médio
Setor: Telecomunicações
Por que foi indicada: Os analistas acreditam que a fusão entre a Vivo e a Telesp, ocorrida em 2011, permitirá uma oferta mais agressiva de planos integrados de telefonia fixa e móvel em todas as regiões do país, impulsionando as receitas. A união entre as empresas gerou também um elevado crédito fiscal: a estimativa é que a Vivo pague menos impostos por cinco anos. Outra vantagem é que a Vivo/Telesp paga dividendos elevados e apresenta a maior rede de cobertura 3G do país.
Atenção se: A concorrência no setor aumentar e intensificar a guerra de preços, o que reduziria os lucros da companhia
Quantos analistas recomendaram a ação: 10
Risco: Alto
Setor: Siderúrgico
Por que foi indicada: Líder no segmento de aços longos nas Américas, espera-se que a Gerdau consiga vender mais no Brasil, graças ao aumento da demanda gerada por maiores investimentos em infraestrutura. A recuperação da economia americana, ainda que lenta, também beneficia a empresa — hoje, cerca de 30% das receitas da Gerdau vêm dos Estados Unidos.
Atenção se: A recuperação americana perder a força e se a concorrência com as siderúrgicas chinesas ficar mais acirrada
Quantos analistas recomendaram a ação: 8
Risco: Médio
Setor: Bancário
Por que foi indicada: O afrouxamento das medidas macroprudenciais no fim do ano passado, especificamente em relação aos prazos de empréstimos a pessoas físicas, ajudou o Bradesco a se destacar na concessão de financiamento imobiliário e na oferta de crédito consignado. O banco também vem emprestando mais para empresas. Outro ponto positivo é a conclusão do programa de melhorias tecnológicas, o que deve aumentar a eficiência.
Atenção se: A taxa de inadimplência subir e se a crise europeia se agravar, pois a turbulência afastaria os investidores estrangeiros das ações de banco
Quantos analistas recomendaram a ação: 7
Risco: Médio
Setor: Energia elétrica
Por que foi indicada: Tem boa governança corporativa, apesar de ser estatal, e paga dividendos elevados. Em relação às concorrentes do setor, a Cemig se destaca por sua velocidade de crescimento por meio de aquisições: o grupo é constituído por 62 empresas e 14 consórcios, sendo responsável por 12% do mercado nacional na área de distribuição de energia elétrica.
Atenção se: O governo de Minas Gerais, principal acionista da Cemig, passar a interferir na gestão e na estratégia de negócios da empresa
Quantos analistas recomendaram a ação: 7
Risco: Alto
Setor: Transportes
Por que foi indicada: O transporte ferroviário vem ganhando espaço no país — a previsão do governo é de uma expansão de 11 000 quilômetros da malha brasileira até 2020. Como a ALL é a principal detentora de concessões ferroviárias no Brasil, onde é grande a barreira à entrada de novos concorrentes, os analistas esperam que as receitas da empresa cresçam em torno de 10% ao ano até 2015.
Atenção se: A situação externa piorar, o que poderia reduzir as exportações de commodities, diminuindo a demanda por transporte ferroviário
Quantos analistas recomendaram a ação: 6
Para investir em ações do setor de consumo
O aumento do salário mínimo, a expectativa de expansão de 15% do crédito e a queda do desemprego para o menor patamar dos últimos dez anos fazem com que as expectativas para as empresas voltadas para o consumo interno continuem boas. “Mas ganhar dinheiro aplicando nas ações desse setor não está tão fácil, porque a maioria dos papéis está cara”, diz William Landers, responsável pelos fundos de América Latina da BlackRock, a maior gestora de recursos do mundo, que tem 6 bilhões de dólares aplicados na Bovespa.
Segundo um levantamento da corretora SLW, o índice que mede a relação entre o preço das ações das empresas de consumo e seu lucro (conhecido como P/L) está no maior nível desde 2007, o que indica que os papéis, em média, estão caros.
Com base numa pesquisa da consultoria Economática e nas indicações de analistas de mercado, EXAME selecionou cinco ações desse segmento que ainda estão baratas. Veja a seguir.
Risco: Médio
Setor: Bancário
Por que foi indicada: Apesar da conjuntura mundial desfavorável, os analistas consideram que os bancos brasileiros estão em condições de enfrentar um período incerto de crescimento em 2012. O Itaú Unibanco apresenta números sólidos, está cortando despesas e tem como uma das metas reduzir a inadimplência, que foi um problema em 2011. A previsão é que a carteira de crédito cresça 15% frente a 2011, em linha com a média do mercado.
Atenção se: a inadimplência subir e se a crise externa piorar — cenários mais turbulentos costumam afastar os investidores estrangeiros das ações de bancos
Quantos analistas recomendaram a ação: 21
Risco: Alto
Setor: Construção civil
Por que foi indicada: Especializada em imóveis residenciais para famílias de média e alta renda em São Paulo, tem a maior margem de lucro do setor — de 44% nos primeiros nove meses de 2011 — e uma das menores taxas de endividamento. No ano passado, período em que as grandes incorporadoras patinaram, a Eztec aumentou suas vendas em 18%. Os analistas acreditam que seu banco de terrenos na cidade de São Paulo seja promissor.
Atenção se: o custo da mão de obra e do material de construção voltar a subir e se a velocidade das vendas de lançamentos for reduzida
Quantos analistas recomendaram a ação: 7
Risco: Médio
Setor: Bebidas
Por que foi indicada: Ainda que o crescimento do PIB brasileiro seja menor neste ano em relação a 2011, o aumento de renda da população deve continuar beneficiando o mercado de bebidas. Uma vantagem da Ambev, segundo os analistas, são os grandes investimentos em fábricas na Região Nordeste, cujo consumo de cerveja vem crescendo acima da média nacional. A ação não é das mais baratas do setor de alimentos e bebidas, mas é a menos volátil.
Atenção se: a taxa de desemprego no país subir e se os preços das commodities aumentarem — isso poderá fazer os investidores buscarem papéis mais baratos, de outros setores, na bolsa
Quantos analistas recomendaram a ação: 6
Risco: Médio
Setor: Aluguel de carros
Por que foi indicada: Presente em todas as regiões do país, a Localiza compra 1,5% da produção nacional de veículos e consegue negociar preços. Nos últimos cinco anos, a empresa cresceu num ritmo superior ao de expansão do PIB. A expectativa dos analistas é que o crescimento continue e que a Localiza lidere a esperada consolidação do mercado. Nos Estados Unidos, as quatro maiores locadoras têm 95% do setor; aqui, as quatro maiores somam 40%.
Atenção se: A expectativa de crescimento da economia brasileira cair neste ano. Isso reduziria as viagens de negócios ao Brasil, segundo os analistas, prejudicando o mercado de locação de veículos
Quantos analistas recomendaram a ação: 5
Risco: Médio
Setor: Varejo
Por que foi indicada: As expectativas para o setor varejista são otimistas devido à expansão do crédito, à queda dos juros e ao aumento do salário mínimo. O Pão de Açúcar tem margens mais elevadas que a média do setor. A integração das plataformas tecnológicas da Casas Bahia e do Ponto Frio deve melhorar a eficiência do grupo neste ano.
Atenção se: Ocorrerem mudanças significativas na condução dos negócios quando o grupo francês Casino assumir o controle do Pão de Açúcar, o que está previsto para junho
Quantos analistas recomendaram a ação: 5
Para investir em dividendos
Essas ações são indicadas para quem procura alternativas de risco relativamente mais baixo na bolsa. Os papéis das pagadoras de dividendos costumam ser menos voláteis, porque essas empresas são pouco endividadas e geram caixa — é o caso das companhias de energia elétrica e de telefonia.
Além disso, os investidores recebem um percentual do valor da ação na forma de dividendos — que, geralmente, varia de 5% a 15%. Paradoxalmente, o risco dessas empresas é a melhora do cenário externo.
“Vimos isso em janeiro. Notícias levemente positivas sobre a Europa levaram os investidores a aplicar em empresas de outros setores, que estão mais baratas, e os papéis de muitas pagadoras de dividendos caíram”, diz Lírio Parisotto, fundador da fabricante de DVDs Videolar e um dos maiores investidores individuais da Bovespa, com uma carteira de 2,7 bilhões de reais aplicada basicamente em grandes pagadoras de dividendos. Para quem continua apostando nesse segmento, os analistas indicam esses cinco papéis.
Risco: Médio
Setor: Telecomunicações
Por que foi indicada: A fusão entre a Vivo e a Telesp, ocorrida em 2011, gerou um elevado crédito fiscal para os próximos cinco anos — nesse período, a empresa pagará menos impostos, o que poderá significar a distribuição de mais dividendos aos acionistas. Os analistas esperam que 8% do valor da ação seja pago na forma de dividendos em 2012.
Além disso, a união deve gerar uma oferta mais agressiva de planos integrados de telefonia fixa e móvel em todas as regiões do país, impulsionando as receitas.
Atenção se: a concorrência no setor aumentar e intensificar a guerra de preços, o que reduziria o lucro da companhia
Quantos analistas recomendaram a ação: 10
Risco: Médio
Setor: Energia elétrica
Por que foi indicada: A ação é uma das mais baratas do setor de energia. Além disso, a empresa prevê fazer investimentos de 120 milhões de reais nos próximos dois anos, para ampliar o atendimento aos clientes, contratar novas equipes de eletricistas e automatizar a rede de energia. Os recursos têm o objetivo de melhorar o serviço de oferta de energia e evitar falhas como as que ocorreram no ano passado.
Atenção se: Nas negociações para a revisão das tarifas de energia elétrica, atualmente em discussão com a Aneel, a agência reguladora do setor, os valores ficarem abaixo do previsto, o que poderia reduzir a margem de lucro da empresa, diminuindo também a distribuição de dividendos
Quantos analistas recomendaram a ação: 9
Risco: Médio
Setor: Energia
Por que foi indicada: A Cemig vem se destacando por sua velocidade de crescimento por meio de aquisições, oferecendo boas perspectivas de ganho extra para o investidor. O grupo é constituído por 62 empresas e 14 consórcios, que atuam em 18 estados brasileiros e no Distrito Federal, além do Chile.
Seu parque gerador é formado por 64 usinas. Tem boa governança corporativa e o pagamento de dividendos costuma variar de 8% a 9% sobre o valor da ação no período de um ano.
Atenção se: O governo de Minas Gerais, principal acionista da Cemig, passar a interferir na gestão e na estratégia de negócios
Quantos analistas recomendaram a ação: 7
Risco: Médio
Setor: Meios de pagamento
Por que foi indicada: O aumento do uso de cartões pelos brasileiros favorece a Cielo, líder do mercado de processamento de operações, com 57% de participação. A companhia tem investindo em produtos inovadores. Recentemente, fez uma associação com a Oi para captura, transmissão e liquidação financeira de transações por pagamento móvel. Para os analistas, o baque do fim da exclusividade para processar operações da Visa, que vigorou até junho de 2010, foi superado.
Atenção se: Novos concorrentes entrarem no mercado, se a Redecard ganhar espaço e houver uma guerra de preços
Quantos analistas recomendaram a ação: 7
Risco: Médio
Setor: Meios de pagamento
Por que foi indicada: Como 40% dos brasileiros ainda não têm conta em banco, o uso de cartões como forma de pagamento deve continuar a crescer entre a população não bancarizada, dizem os analistas. Isso favorece a Redecard, segunda maior processadora de operações de cartões do país, com 42% do mercado. A empresa vem cortando custos e melhorando a eficiência operacional para se tornar mais lucrativa.
Atenção se: Novos concorrentes entrarem nesse mercado, se os concorrentes atuais ganharem espaço e se houver uma guerra de preços com a Cielo
Quantos analistas recomendaram a ação: 7
Para investir em small caps
Muitas das empresas que devem se beneficiar do aumento dos investimentos em infraestrutura e do crescimento do mercado consumidor no Brasil são small caps — têm baixo valor de mercado e são pouco negociadas na bolsa. Essas ações subiram, em média, 8% neste ano, menos que o Ibovespa, porque são voláteis e tidas como mais arriscadas que as de empresas maiores.
Os grandes fundos e investidores estrangeiros costumam ficar longe desses papéis em momentos de crise, porque sua liquidez é baixa. Como o ambiente externo continua bastante conturbado, há riscos para as small caps neste ano. Mas os analistas ouvidos por EXAME acreditam que há opções capazes de atrair investimentos. As principais estão listadas a seguir.
Risco: Alto
Setor: Construção civil
Por que foi indicada: No ano passado, enquanto as grandes incorporadoras do país patinaram, a Eztec aumentou suas vendas em 18%. Especializada em imóveis residenciais para famílias de média e alta renda em São Paulo, tem a maior margem de lucro do setor — de 44% nos primeiros nove meses de 2011 — e uma das menores taxas de endividamento. Os analistas acreditam que seu banco de terrenos na cidade de São Paulo tenha grande potencial
Atenção se: O custo da mão de obra e do material de construção voltar a subir e se a velocidade das vendas de lançamentos for reduzida
Quantos analistas recomendaram a ação: 7
Risco: Alto
Setor: Transporte
Por que foi indicada: A ação da Randon, fabricante de peças para caminhões, veículos especiais e tratores destinados aos setores agrícola, de mineração e de construção civil, é uma das mais baratas da área de transportes. As perspectivas são promissoras, uma vez que 60% das cargas no país são transportadas por rodovias e a frota de caminhões é antiga e precisa ser renovada
Atenção se: Os preços do aço e do cobre (matérias-primas da empresa) subirem e se a crise europeia piorar, o que poderia encarecer os financiamentos aos seus clientes
Quantos analistas recomendaram a ação: 7
Risco: Alto
Setor: Transporte
Por que foi indicada: A fabricante de carrocerias de ônibus continua com boas possibilidades de negócios no mercado doméstico, para atender às necessidades de transporte público da Copa do Mundo e da Olimpíada. A empresa segue com um programa de investimentos de 350 milhões de reais até 2015. Os recursos serão destinados à modernização de fábricas, ao aumento da capacidade de produção e ao desenvolvimento de novos produtos
Atenção se: os custos das commodities metálicas, como aço, usadas na fabricação das carrocerias, aumentarem, o que pode afetar os resultados
Quantos analistas recomendaram a ação: 6
Risco: Alto
Setor: Peças automotivas e ferroviárias
Por que foi indicada: A Iochpe-Maxion dobrou de tamanho com a aquisição da empresa americana Hayes Lemmerz em 2011, tornando-se a maior fabricante de rodas para veículos leves, tanto nos Estados Unidos como no Brasil. No ano passado, a empresa adquiriu também os ativos do Grupo Galaz, fabricante mexicana de peças de aço para veículos, obtendo ganho de escala
Atenção se: O Cade impuser restrições para as aquisições realizadas. Além disso, a volatilidade do câmbio interfere nas exportações da companhia, que vende veículos e máquinas agrícolas, principalmente, para os Estados Unidos e o México
Quantos analistas recomendaram a ação: 5
Risco: Alto
Setor: Tecnologia
Por que foi indicada: A Valid — antiga ABNote — é responsável pela produção de 26% dos cartões do Brasil e 70% dos cartões bancários da Argentina. A migração de tarjas magnéticas para vários tipos de tecnologia com chip deve continuar beneficiando a empresa nos próximos anos. A Valid também é líder no fornecimento de carteiras de identidade e de habilitação no Brasil.
Atenção se: a companhia perder clientes ou não renovar contratos com eles. Como ela conta com alguns poucos clientes (governos e órgãos públicos, por exemplo), isso afetaria seu resultado
Quantos analistas recomendaram a ação: 4
Nossas indicações em 2011
Para quem investe na bolsa, o ano passado foi terrível. O Ibovespa caiu 18%, e as ações de mais de uma dezena de grandes empresas desvalorizaram mais de 40%. Os dez papéis indicados na edição Onde Investir 2011 tiveram uma queda média de 17% entre março (quando a revista foi publicada) e dezembro, em linha com a do Ibovespa no período.
As ações da Brasil Foods apresentaram o melhor desempenho, com uma alta de 24%, após a concretização da fusão entre Sadia e Perdigão. Pão de Açúcar também foi bem, porque as vendas cresceram mais que o esperado. Entre as maiores baixas estão as ações que destacamos como arriscadas — Petrobras, OGX, GOL, PDG e Usiminas.
A queda da Usiminas — a maior da lista, de 50% — deve-se às margens apertadas do setor siderúrgico e às dúvidas em torno do futuro da companhia, vendida para a Ternium no final de 2011.