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Na 4ª temporada de The Crown, Elizabeth II depara com áreas de conflito

Na quarta temporada de The Crown, Elizabeth II depara com duas áreas de conflito: a primeira-ministra Margaret Thatcher e a nora Diana Spencer

The Crown": a série premiada está indo para sua quinta temporada.  (Netflix/Divulgação)

The Crown": a série premiada está indo para sua quinta temporada. (Netflix/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 05h11.

Nas três temporadas anteriores (em 2016, 2017 e 2019), o seriado The Crown, da Net­flix, conquistou prestígio junto a público e crítica ao contar a trajetória da rainha Elizabeth II da Inglaterra desde a década de 1940, graças à apurada reconstituição visual e à fidelidade histórica. A nova temporada tem um acréscimo dramático digno de novela das 9 da Globo com a inclusão de duas personagens: a primeira-ministra Margaret Thatcher e a princesa Diana.

    Essa tensão motivada por duas personagens mais conhecidas do público das décadas recentes deve manter o interesse numa série que é hoje a de produção mais dispendiosa. Cada episódio custa cerca de 13 milhões de dólares (perdia para os 15 milhões de Game of Thrones, já encerrada). Em compensação, levou três Golden Globe e dez Emmy.

    A quarta temporada começa em 1977, num Reino Unido em crise econômica e turbulência social. Pouco depois, a líder dos conservadores Thatcher assume o cargo de primeira-ministra, com uma agenda política e econômica neoliberal que provocaria transformações profundas, para o bem e para o mal.

    Rígida e impiedosa, Thatcher representaria uma espécie de antagonista ao temperamento altivo e afável da rainha. Em The Crown, a personagem (que já garantiu um Oscar de Melhor Atriz a Meryl Streep pelo filme A Dama de Ferro, de 2011) é interpretada pela americana Gillian Anderson, a agente Scully do seriado Arquivo X, dos anos 1990.

    Enquanto Thatcher causava apreensão na rainha com medidas impopulares junto à classe trabalhadora e uma guerra contra a Argentina pela posse das Ilhas Falkland/Malvinas, outra fonte de enxaqueca estava no próprio Palácio de Bucking­ham: sua nova nora Diana Spencer. A jovem tímida foi a eleita para ser a mulher do primogênito e sucessor de Elizabeth, o príncipe Charles — cuja solteirice além dos 30 anos de idade já causava constrangimentos, embora se devesse à impossibilidade­ de ele se casar com sua eterna paixão plebeia, Camilla Parker-Bowles.

    Se o casamento de Charles e Diana em 1981 foi vendido ao mundo como um conto de fadas, a vida era bem diferente. Foi uma união de fachada carregada de tensão emocional. Só que Diana era adorada pela população. Aqui, ela é interpretada pela novata Emma Corrin. Como na temporada anterior, o papel da rainha segue com Olivia Colman, vencedora de um Oscar de Melhor Atriz. Devido à pandemia, as próximas duas temporadas planejadas não têm data prevista de produção.

    The Crown (4ª temporada) | Com Olivia Colman, Gillian Anderson | Netflix | Estreia em 15/11


    MÚSICA

    Salada cheia de ritmo 

    Na ativa há 15 anos, The Budos Band é um grupo instrumental de Nova York que desafia rotulações preguiçosas. Os músicos agregam funk dos anos 1970, trilhas sonoras de faroeste de Ennio Morricone, toques psicodélicos de órgão, uma guitarra nervosa, percussão africana e latina, além de um naipe de metais poderoso. A salada dá muito certo em seu sexto álbum. Um disco para deixar rolar e curtir os vários climas que a banda cria.

    (Divulgação/Divulgação)


    MÚSICA

    Atualizando as mensagens

    A turnê mundial de 2018 do inglês Roger Waters, ex-líder do Pink Floyd, passou pelo Brasil e causou controvérsia ao exibir no telão mensagens contra Jair Bolsonaro — compreensível pela formação familiar socialista-trabalhista dele. Daquela excursão, o que se transformou em documentário e, agora, em álbum foi um show em Amsterdã. O repertório, quase todo de músicas da antiga banda, deixa clara a atemporalidade das canções e das mensagens.

    (Divulgação/Divulgação)


    LIVRO

    OS SEGREDOS DAS JOIAS

    Jewels That Made History conta a saga dos adornos, dos mais simples aos mais luxuosos | Marcelo Orozco

    Joias são cobiçadas combinações de metais nobres com pedras preciosas, símbolos de ostentação e poder. Isso acontece há muitos séculos, em várias culturas. O assunto é dissecado no novo livro Jewels That Made History: 100 Stones, Myths & Legends, de Stellene Volandes, editora-chefe da revista americana Town & Country.

    A autora diz que seu livro é um encontro da história da joalheria com a história do mundo, em que ela acrescenta sua opinião a momentos de colisão entre as duas forças. Assim, o livro parte de um colar de pedras do período Neolítico até chegar a outro com um diamante de 128 quilates da Tiffany exibido no Oscar de 2019 por Lady Gaga — o mesmo que ornamentou a atriz Audrey Hepburn em fotos promocionais do filme Bonequinha de Luxo, de 1961. Outros destaques vão de uma rede de pérolas do século 16 que hoje pertence à coroa britânica até a coleção da atriz Elizabeth Taylor, leiloada por 156 milhões de dólares em 2011. Pelo texto e pelas imagens, uma rica fonte de deleite.

    (Divulgação)

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