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22 milhões de empregos perdidos

A crise do coronavírus bateu rápido e forte no mercado de trabalho americano. E há pouca esperança de retomada no curto prazo

Fila para solicitar seguro-desemprego no Arkansas, Estados Unidos: o mercado de trabalho entrou em crise com a covid-19  (Nick Oxford/Reuters)

Fila para solicitar seguro-desemprego no Arkansas, Estados Unidos: o mercado de trabalho entrou em crise com a covid-19 (Nick Oxford/Reuters)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 23 de abril de 2020 às 05h00.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 14h37.

Os Estados Unidos viviam momentos de bonança até a chegada da pandemia ao país. Desde 2010, a taxa de desemprego caiu consistentemente e atingiu o patamar de 3,5% em 2020, mínima histórica. A confiança dos americanos na economia também seguia em alta, com 62% da população considerando a situação do país como “excelente”.

A covid-19, no ­entanto, acertou a economia em cheio e fez com que o desemprego alcançasse um nível não visto em uma década: desde que o presidente Donald Trump declarou emergência nacional em 13 de março, a taxa de desemprego saltou para 13,5%, com 22 milhões de demissões — o mesmo número de vagas criadas na retomada pós-2008.

Como resultado, trabalhadores e empresários estão pessimistas em relação ao futuro nos Estados Unidos. É o que mostra uma pesquisa da consultoria Bain & Company, realizada entre os dias 30 de março e 1o de abril. De acordo com o levantamento, 12% das pessoas ouvidas acreditam que os efeitos negativos da pandemia na economia serão permanentes. Entre os demitidos, 23% não confiam que voltarão ao trabalho tão cedo. Parte dos empresários que fecharam os negócios nesta crise não espera reabrir. Tempos duros à frente.

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