Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2020 às 16h08.
Última atualização em 24 de agosto de 2020 às 16h58.
Se você chegou neste artigo é porque provavelmente está com dúvidas sobre qual tipo de previdência privada é melhor para investir.
O PGBL e VGBL são investimentos bastante conhecidos pelos brasileiros que procuram meios de complementação da renda no futuro. Mas afinal, qual das opções escolher?
Abaixo você vai entender como funciona cada uma dessas previdências, além de conhecer suas principais características.
Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) é um dos principais tipos de previdência privada ofertadas no Brasil. Este investimento costuma ser oferecido pelos bancos, corretoras, seguradoras e instituições financeiras.
Normalmente, a previdência privada PGBL é escolhida pela pessoa que faz a declaração do Imposto de Renda completa e contribui regularmente para a previdência social.
Por ser um plano de previdência aberto, qualquer pessoa pode fazer aportes. Diferente dos planos fechados, que são oferecidos apenas pelas empresas para os seus funcionários em regime de contratação celetista.
O investimento em previdência privada possui bons resultados tributários em situações em que o dinheiro fica aplicado por muito tempo. Por isso, o PGBL é indicado para as pessoas que estão planejando aposentadoria ou estão construindo uma poupança para os filhos pequenos.
O Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) é um outro tipo de previdência privada comercializado em território nacional. Ele funciona como um seguro de vida que também possui cobertura por sobrevivência.
Esta modalidade de previdência é indicada para as pessoas que fazem a declaração simplificada do Imposto de Renda, ou desejam investir mais do que 12% da renda bruta anual tributável.
Uma das vantagens do VGBL é que o imposto é calculado apenas sobre o ganho de capital. Suponhamos que você realizou um investimento no valor de R$50 mil reais e conseguiu um rendimento no último ano de R$550. Então, o imposto vai incidir apenas sobre o valor de R$550 e não sobre o montante total.
Todo plano de previdência privada possui como regra um prazo mínimo de carência que será apresentado no ato da contratação. Este período fica registrado no contrato e o investidor precisa respeitar este prazo para realizar o resgate ou comunicar a portabilidade.
Na maioria das vezes, a carência da previdência privada é de:
Portanto, não se esqueça de avaliar essas exigências do título ofertado na instituição financeira escolhida. O ideal é que seja feita a leitura do contrato antes de assinar, assim você evita surpresas desagradáveis.
Tanto no VGBL, quanto no PGBL, existem três taxas: de administração, de carregamento e o Imposto de Renda. Sendo que, as duas primeiras taxas são cobradas pelo banco ou instituição financeira, e a terceira, pelo governo.
A taxa de administração é um valor cobrado sobre o total investido, enquanto a taxa de carregamento incidirá sobre cada aplicação realizada para a previdência privada.
Já a cobrança do Imposto de Renda é feita apenas sobre a rentabilidade final da aplicação e funciona conforme a porcentagem tributada pela tabela, que pode ser regressiva ou progressiva.
Na tabela regressiva, a tributação diminui conforme o tempo do dinheiro aplicado. Enquanto na tabela progressiva, as alíquotas vão aumentando e não possui ligação com o prazo da aplicação, mas sim, ao montante anual investido.
Confira abaixo a tabela regressiva e progressiva da tributação do IR na previdência:
Tempo |
Tributação (%) |
Até 2 anos |
35% |
De 2 a 4 anos |
30% |
De 4 a 6 anos |
25% |
De 6 a 8 anos |
20% |
De 8 a 10 anos |
15% |
Acima de 10 anos |
10% |
Aplicação |
Tributação (%) |
Até R$ 22.847,76 |
- |
Do valor anterior até R$ 33.919,80 |
7,5% |
De R$ 33.919,92 até R$ 45.012,60 |
15% |
De R$ 45.012,72 até R$ 55.976,16 |
22,5% |
Acima de R$ 55.976,16 |
27,5% |
É possível solicitar a portabilidade da previdência privada, desde que seja respeitado alguns critérios. Primeiramente, o investidor precisa obedecer ao prazo de carência estipulado pelo banco ou instituição financeira.
Outro ponto interessante sobre a portabilidade, é que não é possível mudar o tipo de plano. Isto é, você não pode pedir a portabilidade de um VGBL para um PGBL.
Por fim, não é possível fazer a troca da tabela de tributação do Imposto de Renda. Se a sua previdência privada está ligada na tabela regressiva, então na portabilidade é preciso permanecer com a mesma forma de incidência do IR.
Caso seja do seu interesse o pedido de portabilidade, a dica é que seja feito um estudo sobre as regras do plano contratado. Assim, você evita surpresas e situações indesejadas.
Apesar de todas as explicações sobre o que é VGBL e PGBL, quando chega o momento para decidir qual a melhor previdência privada, algumas pessoas ficam indecisas e não sabem o que fazer.
Além de todo estudo sobre os investimentos, é primordial que se faça a escolha certa sobre a instituição financeira. Através das suas dúvidas e inseguranças, esta empresa pode te direcionar sobre qual a melhor previdência privada ou se existe outro investimento que se adeque melhor aos seus objetivos e perfil de investidor.
E não se esqueça: na previdência privada, quanto mais cedo você começar, melhor!