Princesa Amalia (segunda a partir da esquerda) posa para uma selfie com súditas durante as comemorações do Dia do Rei na Holanda, em 2019 (KOEN VAN WEEL/ANP/AFP/Getty Images)
Bibiana Guaraldi
Publicado em 13 de outubro de 2021 às 16h28.
Última atualização em 13 de outubro de 2021 às 16h29.
Os membros da família real da Holanda, primeiro país a legalizar o casamento gay, podem se casar com pessoas de qualquer sexo, sem perder o direito ao trono, disse o primeiro-ministro do país, Mark Rutte.
De acordo com o jornal inglês The Guardian, Rutte estava respondendo a perguntas do parlamento que surgiram de um livro recente, “Amalia, Duty Calls”, que argumentava que as leis antigas pareciam excluir a possibilidade de um casal do mesmo sexo no trono, apesar do casamento do mesmo sexo ser legal na Holanda desde 2001.
O livro é sobre a princesa Amalia, a herdeira de 17 anos do rei Willem-Alexandre. Amalia não fez comentários sobre o assunto e pouco se sabe de sua vida pessoal.
Ela foi notícia no início deste ano ao decidir que não aceitaria o subsídio anual de 1,6 milhão de euros a que terá direito quando fizer 18 anos, porque isso a faria sentir “desconfortável”.
Rutte disse que os tempos mudaram desde que um de seus antecessores abordou o assunto pela última vez, em 2000. “O governo acredita que o herdeiro também pode se casar com uma pessoa do mesmo sexo”, escreveu Rutte em uma carta ao parlamento.
"O gabinete, portanto, não vê que um herdeiro do trono ou o rei deva abdicar se ele ou ela decidir se casar com um parceiro do mesmo sexo'', prossegue a carta.
No entanto, os casamentos reais precisam da aprovação do parlamento, e membros da casa real ocasionalmente abriram mão de seu lugar na linha de sucessão, seja para se casar com alguém sem permissão, ou porque parecia improvável que a aprovação fosse concedida.
Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.