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Vandalismos e números inéditos — as primeiras semanas da Yellow no Brasil

Novas bicicletas do serviço sem estação já estão em circulação e até o final do ano serão 20 mil nas ruas de São Paulo

Amarelinhas da Yellow: ação incentiva usuários das bikes a encontrarem comissária da KLM em lugar indicado nas redes sociais. (Yellow/Divulgação)

Vanessa Barbosa

Publicado em 24 de agosto de 2018 às 16h56.

Última atualização em 26 de outubro de 2018 às 11h36.

São Paulo — Quem mora da cidade de São Paulo já deve ter reparado nas bicicletas amarelinhas que aparecem circulando pela cidade ou, para surpresa de muitos, estacionadas em algum lugar, sem estação e nem ninguém tomando conta.

Lançadas no começo de agosto na capital, as magrelas da startup Yellow estão fazendo um tremendo sucesso. Pelo menos é essa a avaliação da empresa sobre as duas primeiras semanas de operação do serviço, o primeiro do país no modelo dockless (sem estações).

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Segundo a startup, em 15 dias, f oram realizadas mais de 40 mil corridas, resultado superior ao de outras cidades no mundo considerando o lançamento desse tipo de serviço, que já se popularizou lá fora, em países da Europa e Ásia.

A startup tem como sócios oex-CEO da Caloi, Eduardo Musa, e os fundadores da 99 (vendida para a Didi Chuxing) Ariel Lambrecht e Renato Freitas.

O projeto começou na Faria Lima, Itaim e Vila Olímpia com 500 bikes e já está com cerca de 2 mil bicicletas nas ruas da cidade. O plano é disponibilizar 20 mil bikes até o final de 2018 e 100 mil em 2019.

Os períodos da manhã, entre 9 e 11 horas, e os da tarde, entre 17 e 19 horas, são os de maior uso das magrelas, o que coincide com os períodos de maior deslocamento na cidade. Adesão intensa também foi verificada no horário do almoço, entre as 12 e as 14 horas.

Mas o dado que revela o potencial desse tipo de serviço na cidade do anda-e-para é outro: quase 70% das pessoas que usam o serviço pela primeira vez tornam-se usuárias frequentes, segundo a startup.

Roubos e vandalismo

Nos últimos seis anos, foram registrados cerca de1.940 casos de roubo em 30 municípios que divulgam esse tipo de ocorrência no Brasil, segundo dados do Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas. Sem surpresas, as amarelinhas da Yellow não escaparam dessa sina.

Embora confirme "alguns casos de vandalismos e furtos" (sem abrir números), a startup ressalta que eles estão dentro do esperado e não alteram os planos e operações da empresa.

Um "desestimulador" desse tipo de prática segundo á Yellow é que suas bicicletas foram desenvolvidas com peças exclusivas, que não se adaptam a outros modelos, e possuem outro detalhe que faz diferença: todas as magrelas são rastreadas por sistema GPS, o "que já evitou episódios indesejados e ainda levou à recuperação de bicicletas e à apreensão de pessoas envolvidas nesses casos", diz a startup em nota.

Em entrevista ao site EXAME por ocasião do lançamento, o cofundador da Yellow Eduardo Musa também destacou outros fatores: "Por que correr o risco de cometer um crime se custa um real o deslocamento com a bicicleta [por 15 minutos]. Sem contar que a bike é bem visual e quem roubar vai ser visto como um ladrão", disse ele, enfatizando que tem "fé no Brasil".

 

 

 

 

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