Jovens: feira grátis ocorre em ambiente virtual (Foto/Thinkstock)
Mariana Fonseca
Publicado em 30 de maio de 2017 às 15h00.
Última atualização em 30 de maio de 2017 às 15h00.
Tenho uma loja virtual. É melhor contratar ou terceirizar desenvolvedores?
A resposta a essa pergunta depende muito do estágio em que está o seu e-commerce.
Por outro lado, há uma máxima aplicável para negócios online de todos os portes, sobre a qual já falamos em outra coluna publicada aqui: quem está à frente de um comércio online deve ser sempre uma pessoa curiosa e interessada.
Não se trata de ter que se tornar um expert em tecnologia antes de abrir um e-commerce, nada disso; apenas é importante buscar por informações e ter ao menos o conhecimento básico sobre o que uma loja virtual precisa em termos de tecnologia para fazer as escolhas certas, na hora certa, inclusive sobre terceirizar ou não a contratação de um desenvolvedor.
Um exemplo de site onde é possível encontrar informações especializadas é o iMasters.
Para o MPME – Micro, Pequeno e Médio empreendedor, que, por questão de custos, geralmente trabalha sozinho ou com uma equipe muito reduzida, o melhor é que sua atenção e seus recursos estejam voltados para a geração de mais estoque, ajuste do fluxo de caixa, marketing, pós-venda e na aquisição de um sistema de gestão (ERP) que contribua para a profissionalização do negócio.
Na parte de desenvolvimento, há diversas plataformas virtuais e marketplaces que oferecem configurações e ferramentas tecnológicas, muitas vezes até de forma gratuita ou a um baixo custo, e que poderão cuidar disso para ele.
À medida que crescer o volume de vendas e as oportunidades de expansão surgirem no caminho, o empreendedor pode começar a pensar em não depender tanto de plataformas terceirizadas e se preparar para uma fase de “internalização” dessa atividade.
Essa será a hora de investir na contratação de um ou mais desenvolvedores para a criação de soluções próprias, tanto para o site quanto para a gestão do negócio.
As redes sociais de negócios e os diversos eventos e fóruns dedicados à comunidade da tecnologia realizados em todo o Brasil são os canais mais efetivos para essa procura.
Antes de definir pela contratação, é interessante conhecer bem o trabalho do profissional por meio de indicações e também pela contratação de seus serviços de forma freelancer. O mercado de desenvolvedores no país ainda é escasso e os talentos desse setor são bem valorizados.
Por isso, não basta contratar; mais do que formar um time de profissionais é preciso estabelecer uma política de treinamento e capacitação que valorize o seu negócio e que, ao mesmo tempo, contribua para reter os talentos em sua empresa.
Enfim, a contratação e a retenção de desenvolvedores exigem estratégia e investimento, por isso, o ideal é que isso seja feito no momento em que seja essencial para o negócio e que o e-commerce esteja realmente capitalizado.
Até lá, a dica é: concentre-se na escolha de um bom fornecedor terceirizado e siga em frente com o seu negócio.
Helisson Lemos é presidente do Mercado Livre no Brasil.
Envie suas dúvidas sobre negócios digitais para pme-exame@abril.com.br.