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Sua startup realmente precisa de um investidor?

Dá para começar a empreender mesmo com pouco capital, diz empreendedor

Agora, veja o ranking brasileiro de renda per capita (USP Imagens)
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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2013 às 11h48.

Sua startup realmente precisa de um investidor?

Escrito por Millor Machado, sócio-fundador da rede social Empreendemia

Um dos pontos mais importantes para quem está começando a empreender é garantir que a empresa terá capital o suficiente para bancar a operação até que ela consiga andar com as próprias pernas.

Porém, grande parte dos interessados em empreender encara esse fato como “Ok, então eu preciso de um investidor para poder empreender”, o que nem sempre é verdade. Algumas análises são essenciais antes de definir se sua empresa precisará ou não de um investidor.

Antes de tudo, é importante avaliar que existem basicamente três formas de receber dinheiro externo: o empréstimo, a aplicação de recursos públicos não reembolsáveis e o investimento com direito a participação na empresa.

O empréstimo tem um conceito bem simples. A pessoa ou instituição te dá dinheiro e depois de um certo prazo, normalmente combinado antes, você precisa devolver esse capital com uma certa taxa de juros.

A aplicação de recursos públicos não reembolsáveis normalmente vem na forma de projetos da Finep ou de instituições de pesquisa que são bem específicas para determinadas áreas de tecnologia. Se o seu projeto não envolve uma grande inovação tecnológica, dificilmente se encaixará nesse tipo de investimento.

No caso dos investimentos com participação, o investidor entra com o capital em troca de um pedaço da empresa. A vantagem desse modelo é que caso a empresa não vá pra frente, o investidor participou do risco e você não precisará colocar seus bens como forma de garantir que o capital seja devolvido.

A principal desvantagem é que não é fácil convencer alguém a assumir tanto risco pela sua empresa. Além de precisar de muita confiança para mostrar que você sabe o que está fazendo, o investidor precisa acreditar que o retorno do projeto será gigantesco, para compensar esse risco.

Se o projeto for algo com potencial limitado de crescimento, dificilmente alguém se interessará em investir nele.
Avaliando essas formas de receber capital, é fundamental para o empreendedor avaliar de forma sincera se o seu projeto realmente se encaixa em algum desses formatos. Exceto no caso do empréstimo, que envolve um grande risco, pouquíssimas empresas fazem parte do grupo que receberá investimentos externos.

Por via das dúvidas, minha dica é: comece bem pequeno, com o mínimo de custos, até ter uma boa noção de que seu modelo de negócios irá funcionar. Conforme ele se mostrar viável, aí sim você consegue fazer a empresa andar com as próprias pernas e alimentar o seu crescimento. Vale a pena enfatizar que na prática, ter clientes é a melhor forma de mostrar a viabilidade do seu modelo de negócios.

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Sua startup realmente precisa de um investidor?

Escrito por Millor Machado, sócio-fundador da rede social Empreendemia

Um dos pontos mais importantes para quem está começando a empreender é garantir que a empresa terá capital o suficiente para bancar a operação até que ela consiga andar com as próprias pernas.

Porém, grande parte dos interessados em empreender encara esse fato como “Ok, então eu preciso de um investidor para poder empreender”, o que nem sempre é verdade. Algumas análises são essenciais antes de definir se sua empresa precisará ou não de um investidor.

Antes de tudo, é importante avaliar que existem basicamente três formas de receber dinheiro externo: o empréstimo, a aplicação de recursos públicos não reembolsáveis e o investimento com direito a participação na empresa.

O empréstimo tem um conceito bem simples. A pessoa ou instituição te dá dinheiro e depois de um certo prazo, normalmente combinado antes, você precisa devolver esse capital com uma certa taxa de juros.

A aplicação de recursos públicos não reembolsáveis normalmente vem na forma de projetos da Finep ou de instituições de pesquisa que são bem específicas para determinadas áreas de tecnologia. Se o seu projeto não envolve uma grande inovação tecnológica, dificilmente se encaixará nesse tipo de investimento.

No caso dos investimentos com participação, o investidor entra com o capital em troca de um pedaço da empresa. A vantagem desse modelo é que caso a empresa não vá pra frente, o investidor participou do risco e você não precisará colocar seus bens como forma de garantir que o capital seja devolvido.

A principal desvantagem é que não é fácil convencer alguém a assumir tanto risco pela sua empresa. Além de precisar de muita confiança para mostrar que você sabe o que está fazendo, o investidor precisa acreditar que o retorno do projeto será gigantesco, para compensar esse risco.

Se o projeto for algo com potencial limitado de crescimento, dificilmente alguém se interessará em investir nele.
Avaliando essas formas de receber capital, é fundamental para o empreendedor avaliar de forma sincera se o seu projeto realmente se encaixa em algum desses formatos. Exceto no caso do empréstimo, que envolve um grande risco, pouquíssimas empresas fazem parte do grupo que receberá investimentos externos.

Por via das dúvidas, minha dica é: comece bem pequeno, com o mínimo de custos, até ter uma boa noção de que seu modelo de negócios irá funcionar. Conforme ele se mostrar viável, aí sim você consegue fazer a empresa andar com as próprias pernas e alimentar o seu crescimento. Vale a pena enfatizar que na prática, ter clientes é a melhor forma de mostrar a viabilidade do seu modelo de negócios.

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