MadeiraMadeira: empresa de varejo digital foi a primeira a virar unicórnio em 2021 (MadeiraMadeira/Divulgação)
O mercado de capital de risco brasileiro teve novos recordes em 2021. Investidores decidiram aumentar as apostas em startups brasileiras, trazendo mais maturidade a um ecossistema de inovação que, apenas neste ano, formou 11 novos unicórnios — empresas com valor de mercado acima de 1 bilhão de dólares.
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O montante investido em startups brasileiras superou 8 bilhões de dólares nos primeiros 11 meses do ano. Neste período, foram 677 rodadas de investimento que tiveram participação de grandes fundos internacionais, entre eles o conglomerado japonês SoftBank.
Veja abaixo as startups que engordaram a lista de unicórnios em 2021 ao atingir valor bilionário de mercado. Agora, essas 11 empresas entram para o seleto grupo de startups brasileiras que conta com nomes como Nubank, Creditas e Stone. Na lista, estão representantes de setores de destaque, como e-commerce, pagamentos e delivery.
A empresa de Daniel Scandian, Marcelo Scandian e Robson Privado foi a primeira startup a virar unicórnio em 2021, ainda no mês de janeiro. A empresa de venda de móveis e produtos para reforma no e-commerce captou 190 milhões de reais em uma rodada envolvendo os fundos SoftBank, Dynamo, Flybridge e Monashees.
A Hotmart, plataforma que oferece espaço para criação de cursos, conteúdos e negócios para empreendedores digitais recebeu, em março, um aporte de R$ 735 milhões do fundo TCV. Segundo o fundador, a empresa já era unicórnio há pelo menos um ano, mas decidiu anunciar o status ao mercado em 2021.
A empresa de tecnologia que cria soluções com o uso de biometria para grandes empresas anunciou, em agosto, um aporte de R$ 625 milhões em rodada liderada pelos fundos General Atlantic e SoftBank, o que a tornou em um unicórnio.
A empresa de e-commerce que cria ferramentas para ajudar pequenos lojistas da América Latina a venderem online, recebeu, também em agosto, um aporte de R$ 2,6 bilhões em uma rodada série E de fundos como Tiger Global e Insight Partners. Agora, a startup vale R$16 milhões.
O Mercado Bitcoin assumiu o posto de primeiro unicórnio do mercado de criptomoedas do Brasil depois da holding detentora da marca, a 2TM, receber um cheque de US$ 200 milhões do Softbank em julho deste ano. Agora, a corretora de criptoativos é avaliada em US$ 2,1 bilhões.
Furto da união das startups CargoX, FreteBras e Fretepago, o Grupo Frete.Com se tornou um unicórnio em novembro, quando as três empresas se uniram após aporte de R$ 1,1 bilhão do SoftBank e do Tencent.
A startup de pagamentos Cloudwalk, dona das maquininhas de cartão para PMEs InfinitePay se tornou unicórnio após uma rodada de US$ 150 milhões liderada pelo fundo Coatue, que avaliou a empresa em US$ 2,1 bilhões. Além das maquininhas, a Cloudwalk agora vai expandir suas outras ferramentas de pagamentos digitais, como links e carteira digital.
A Daki, startup paulista de delivery que pertence à multinacional JOKR captou US$ 260 milhões de fundos como Kaszek Ventures e Monashees. O foco da Daki é criar um sistema capaz de operar entregas "ultrarrápidas", feitas em até 15 minutos em São Paulo e Rio de Janeiro.
A "Unilever das marcas" Merama, fundada por Renato Andrade, Guilherme Nosralla, Felipe Delgado, Olivier Scialom e Sujay Tyle foi um dos unicórnios de dezembro. Em menos de um ano de existência, a startup — que quer ser um grande conglomerado de marcas digitais — já alcançou valuation bilionário após captar R$ 60 milhões em uma rodada follow-on com SoftBank e Advent.
O Olist, plataforma que ajuda lojistas a vender online com ferramentas para vendas em marketplaces, atingiu o status de unicórnio em dezembro após rodada série E de R$ 1 bilhão dos fundos Wellington Management, SoftBank e do banco americano Goldman Sachs. Agora, a intenção é ir para fora do Brasil.
Última da lista a receber aporte milionário em 2021, a Facily é uma empresa de compras coletivas. Fundada em 2018, a Facily visa oferecer itens mais baratos para a população de baixa renda com condições como frete grátis e pagamento facilitado. Há quatro dias, a startup recebeu um aporte de US$ 135 milhões em investimentos em Série D-1, como uma extensão da rodada da Série D, de US$ 250 milhões anunciada em novembro deste ano.