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Startups brasileiras disputam desafio internacional

Três classificadas vão ganhar entre 3 mil e 15 mil dólares e conhecer empresas do Vale do Silício, na Califórnia

Além do dinheiro, a recompensa inclui uma viagem ao Vale do Silício com visita à sede da Intel (Intel/Divulgação)

Além do dinheiro, a recompensa inclui uma viagem ao Vale do Silício com visita à sede da Intel (Intel/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2010 às 15h17.

São Paulo - Depois de passar por uma seletiva com 162 empresas, a Motofog, a Pligus, a Taw Itech e a VPl se preparam para a etapa da América Latina do Desafio Intel, que aproxima as empresas iniciantes de investidores.

As quatro empresas vão concorrer com outras 11 startups da Argentina, Colômbia, México, Chile, Costa Rica, Peru, Uruguai e República Dominicana. A disputa acontece no dia 21 de outubro, quando os projetos serão apresentados a uma banca de jurados via internet.

Das 15 startups concorrentes, seis sairão classificadas para o Desafio Intel + UC Berkeley Tecnologia e Empreendedorismo (IBTEC), mas só as três primeiras serão premiadas nesta etapa. O primeiro lugar leva 15 mil dólares, o segundo colocado recebe 7 mil dólares e o terceiro ganha 3 mil.

Prêmio
Além disso, as três primeiras classificadas viajam para o Vale do Silício, na Califórnia, com tudo pago. Em novembro, dois representantes de cada empresa embarcam para conhecer algumas startups da região, além de investidores e empresas de tecnologia, como a própria Intel.

Segundo Nuno Simões, diretor de Assuntos Corporativos para a América Latina da Intel, a promoção do empreendedorismo é o principal objetivo do desafio, além do contato direto com fundos de venture capital.
 
Startup contra a dengue
A Fumajet Comércio de Equipamentos Ltda existe desde o final de 2009, mas é resultado de seis anos de estudo. A empresa entrou para o Desafio Brasil - etapa nacional coordenada pela Fundação Getúlio Vargas - com o projeto do Motofog, uma ferramenta que pode ser usada no combate à dengue e na aplicação de inseticidas agrícolas. O sistema, feito em uma moto, facilita o processo em áreas onde carros fumacê não chegam.


A empresa, incubada pela Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, foi a campeã brasileira e já colhe os resultados da participação no desafio. "A banca de avaliadores tem muitos nomes importantes do mercado de venture capital e já temos reuniões agendadas com alguns interessados", conta o sócio Marcius Victorio da Costa. "Agora, estamos apreensivos para saber o resultado da próxima etapa" diz.

Mais finalistas
As outras quatro empresas que vão participar da seletiva são a VPl, de São Paulo, com um  projeto de coleta e separação de água da chuva, a Taw Itech, de Santa Catarina, com lousas digitais para salas de aula e a carioca Pligus, que apresentou um serviço de comunicação e colaboração online em tempo real que roda em qualquer navegador.

Competição nacional
O Desafio Brasil, que é coordenado pelo Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, o GVCepe, tem o apoio de parceiros como a Intel e a Microsoft. "Neste ano tivemos uma capilaridade muito maior, com oito seletivas regionais", diz Marcio de Oliveira Santos Filho, coordenador-executivo do Desafio.

Durante o processo, as empresas tem a valiosa chance de sentar com os representantes da indústria de venture capital e discutir melhorias e mudanças no plano de negócios. "O Brasil é bastante competitivo nesta área  e as equipes estão muito preparadas", conta.

Atualização: a Motofog foi uma das três primeiras classificadas na América Latina e ganhou a viagem para Califórnia.

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