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Startup Revelação do Ano, Transfeera recebe aporte de R$ 3 milhões

A fintech de Joinville foi a vencedora na categoria de Startup Revelação do Ano no prêmio Startup Awards 2020, organizado pela ABStartups

Fernando Nunes, Guilherme Verdasca e Rafael Negherbon, fundadores da Transfeera: empresa processa pagamentos para clientes como iFood, Unilever e Kimberly-Clark (Transfeera/Divulgação)

Fernando Nunes, Guilherme Verdasca e Rafael Negherbon, fundadores da Transfeera: empresa processa pagamentos para clientes como iFood, Unilever e Kimberly-Clark (Transfeera/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 17h00.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 19h41.

A fintech de gestão e processamento de pagamentos Transfeera acaba de anunciar ter recebido um aporte de 3 milhões de reais liderado pelo fundo Goodz Capital e com a participação da Bossa Nova Investimentos, Honey Island e Curitiba Angels. Na sexta-feira, 23, a empresa foi eleita a Startup Revelação do Ano no prêmio Startup Awards 2020, organizado pela Associação Brasileira de Startups.

Fundada em 2017 em Joinville, a Transfeera nasceu para simplificar os pagamentos entre pessoas e empresas. Com contas nos cinco principais bancos do país, a fintech conseguia intermediar as transações para zerar o valor das transferências — dos clientes, cobrava apenas 1 real pelo serviço. “Basicamente a gente tava entregando em 2016 o que o Pix vai entregar em 2020”, diz Guilherme Verdasca, presidente e fundador da startup.

Com o tempo, os sócios-fundadores (Verdasca, Fernando Nunes e Rafael Negherbon) perceberam que poderiam ganhar mais dinheiro se focassem sua energia no atendimento de empresas. O primeiro grande cliente do modelo de processamento de pagamentos da Transfeera foi o unicórnio brasileiro Ebanx. Com o case de sucesso deles, a fintech atraiu mais de 180 empresas, entre elas iFood, Rappi, Unilever e Kimberly-Clark.

Atualmente, a Transfeera ajuda as empresas a reduzir os custos operacionais com pagamentos. O algoritmo da startup consegue identificar possíveis erros nas transações, como número de conta incorreto, garantindo que as companhias clientes paguem sempre às pessoas certas. “Diminuímos as falhas de 15% para 2%, o que é muito significativo para empresas que fazem milhares de transações por dia”, diz Verdasca.

Os clientes pagam um valor por cada transação que é feita com sucesso pela plataforma da fintech. A taxa, que começa a 3,50 reais por unidade, pode chegar a centavos a depender do volume de pagamentos realizados por mês. Com a chegada do Pix em novembro, a startup ainda está definindo os novos preços — que devem ser ainda menores.

Planos e investimentos

A pandemia acabou ajudando a trazer mais clientes para a fintech. De março a outubro, a empresa quadruplicou sua receita mensal. “Com a digitalização de muitos negócios, subadquirentes, fintechs e empresas de delivery cresceram muito. A Transfeera cresceu ajudando esses negócios a validar seus dados de pagamento”, diz Verdasca.

O faturamento, que foi de 1,5 milhão de reais em 2019, vai chegar perto dos 5 milhões neste ano, segundo os sócios. Para conseguir manter o ritmo de crescimento, a startup contratou mais de dez pessoas ao longo do ano e ainda tem vagas em aberto. A expectativa é que a empresa, que tem 25 funcionários hoje, termine 2021 com 70 empregados.

O aporte, então, chega em um momento em que a Transfeera espera expandir sua atuação, oferecendo a seus clientes soluções de crédito, serviços antifraude, investimentos e aplicações.

“O investimento vai nos apoiar no processo de regulação junto ao Banco Central, permitindo que a Transfeera possa evoluir de uma Fintech as a Service (FaaS) para ser o primeiro marketplace banking brasileiro, com soluções direcionadas para resolver as dores de nossos clientes”, afirma o presidente da startup.

O desafio para os próximos meses, segundo o presidente da fintech, será concluir o processo de regulação junto ao Banco Central para virar uma instituição de pagamento. Com isso resolvido, a empresa planeja se debruçar sobre o Pix, se tornando uma referência antifraude no novo sistema.

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