Startup que prepara alunos para o Enem recebe aporte de R$ 2 milhões
A AIO identifica quais os tópicos que os estudantes precisam revisar antes do vestibular. Aporte foi feito pela gestora Fuse Capital
Carolina Ingizza
Publicado em 22 de dezembro de 2020 às 08h00.
Última atualização em 22 de dezembro de 2020 às 12h22.
Com menos de uma no de vida, a startup AIO, que prepara alunos para o Enem, conquistou seu primeiro aporte . A empresa acaba de receber investimento de 2 milhões de reais da gestora carioca Fuse Capital. Com o capital, a startup vai investir em tecnologia para poder melhorar a experiência de estudo dos alunos na plataforma.
“Acreditamos no ensino como alavanca de desenvolvimento de um país. A AIO cumpre um papel fundamental neste sentido, pois usa a inteligência artificial para guiar os alunos ao oferecer trilhas de aprendizagem personalizadas e otimizadas para que conquistem sucesso no Enem”, afirma Dan Yamamura, sócio da gestora.
A startup foi fundada em abril de 2020 por Patricia Oakim e Murilo Vasconcelos, que haviam empreendido juntos criando a Startup Studio Garagem. Antes, Oakim trabalhou por seis anos no Google e três anos na área de desenvolvimento de produto da NBC Universal em Nova York. Vasconcelos, por sua vez, fundou a empresa de educação Studiare, adquirida pela Kroton em 2015.
Na AIO, os sócios criaram um sistema que ajuda alunos do Ensino Médio a estudar. A startup oferece simulados do Enem para os estudantes e, usando inteligência artificial para analisar os resultados, diz quais disciplinas e tópicos precisam ser revisados para que o desempenho na prova melhore.
“O nosso robô te diz quais são os assuntos mais importantes a serem aprendidos. Na preparação para o Enem, muitos alunos gastam muito tempo estudando assuntos que já dominam ou que não são tão relevantes pensando ‘vai que cai’”, diz a cofundadora da empresa.
Desde abril, a AIO já ajudou 10.000 estudantes a se preparar para o vestibular. Ao longo dos meses, a startup testou vários modelos de monetização e atualmente cobra uma taxa única de 178,90 reais que dá direito a 12 meses de uso do serviço.
Em 2021, o plano da empresa é expandir as ferramentas educacionais, dando mais controle ao aluno sobre o que ele quer estudar. Além disso, os sócios querem testar novos modelos de monetização, explorando parcerias com organizações, escolas e cursinhos pré-vestibulares.
A oportunidade em educação durante a pandemia é enorme. Escolas públicas e privadas estão cada dia mais dispostas a explorar novas ferramentas de ensino. Com tanta oportunidade no setor, o número de edtechs não para de crescer. Já são 553 no país, segundo o Distrito, que levanta dados do setor. É cinco vezes mais do que em 2010, início da série histórica. Apesar da pandemia, os investimentos não pararam: até setembro as edtechs brasileiras receberam 25 milhões de reais — praticamente tudo o que levaram em 2018.