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A startup que levou Madero e Mania de Churrasco para o digital
Fundada em 2014, a Goomer ajuda restaurantes a melhorar o atendimento e a experiência do cliente com tecnologia
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Daniel Wassano, João Arcalá, Lívia Prado, Felipe Sardo e Rafael Laganaro, da Goomer: startup cresceu na pandemia com premissa de digitalização de restaurantes (Leandro Fonseca/Exame)
Publicado em 6 de setembro de 2021 às, 14h26.
Última atualização em 6 de setembro de 2021 às, 14h36.
Aplicativos, novos hábitos de consumo, delivery... Os efeitos da pandemia no setor de alimentação têm sido visíveis desde 2020. Mas concluir que o cenário traria prejuízos para o food service seria um equívoco, afinal, as franquias de alimentação devem faturar 5 bilhões de reais a mais em 2021 do que no ano passado, com pandemia ou não.
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Parte disso se deve à percepção dos restaurantes de que já passou da hora de levar a tecnologia para o dia a dia da operação. Diante desse contexto, ganham destaque as empresas que ajudam esses estabelecimentos a encarar a nova realidade digitalizada do setor. Assim nasceu a Goomer, startup de Sorocaba, cidade no interior paulista, dedicada a levar bares e restaurantes para o digital e que já conquistou nomes como as redes de comida rápida de carnes nobres Mania de Churrasco e a hamburgueria Madero.
Fundada em 2014, a foodtech já tem em sua carteira mais de 10.000 clientes em 2.700 cidades de todos os estados do país.
Em um primeiro momento da pandemia de covid-19, o carro-chefe da Goomer, uma solução de digitalização do atendimento feito no balcão e cardápios digitais em tablets e smartphones, ajudou a alavancar os resultados da startup, mesmo diante de um cenário econômico conturbado. “Nascemos com a missão de apoiar restaurantes, mas de olho na experiência do consumidor”, diz Felipe Lo Sardo, fundador da Goomer.
Com as novas demandas que surgiram em virtude do abre e fecha dos comércios e da necessidade repentina de restaurantes irem para o digital do dia para a noite, a Goomer também pensou nos impactos econômicos do delivery, modelo mandatório do food service na pandemia. Para isso, criou um app de entrega próprio e gratuito para comerciantes que queriam driblar as taxas das principais plataformas do mercado, como Uber Eats, Rappi e iFood. “A proposta é que restaurantes menores também possam ter visibilidade e fazer entregas por delivery”, diz.
Somente no ano passado, a Goomer estima ter movimentado cerca de 380 milhões de reais em entregas por meio da plataforma própria. A economia dos estabelecimentos com as taxas, segundo a startup, foi de 38 milhões de reais.
Mesmo com a retomada econômica e a reabertura dos pontos físicos, a Goomer aposta que haverá uma mudança definitiva na maneira como esses estabelecimentos atendem seus clientes — e na necessidade indiscutível da tecnologia para tal. “As pessoas voltarão a ir para os restaurantes e querem sair de casa, mas o que esperam daquela experiência mudou. Vão pedir por mais agilidade”, diz. Uma das soluções da Goomer, que é o totem de autoatendimento, deve ajudar nessa frente.
Em maio deste ano, a startup recebeu um aporte de 15 milhões de reais liderado pelo fundo Bridge One e acompanhado pela DOMO Invest e pelo fundo Aimorés Investimentos para ampliar sua plataforma digital.
Toda essa movimentação vai levar a empresa a atingir um faturamento três vezes maior do que em 2020, na ordem de 20 milhões de reais.