Startup de entregas Rappi enfrenta processo nos EUA
Três empresários alegam que a empresa colombiana teria copiado seus planos quando desenvolveu o aplicativo
Carolina Ingizza
Publicado em 15 de janeiro de 2020 às 06h00.
Última atualização em 15 de janeiro de 2020 às 07h00.
A Rappi , uma empresa de tecnologia financiada pelo SoftBank que se tornou uma das startups mais valiosas da América Latina, está fazendo demissões e também enfrenta um processo nos Estados Unidos, que a acusa de roubar segredos comerciais para desenvolver seus negócios de entrega.
A empresa de Bogotá planeja reduzir a força de trabalho em 6% para ajustar sua equipe de tecnologia. A Rappi também se defende contra um processo no tribunal federal de São Francisco, no qual três empresários colombianos alegam que o cofundador da Rappi teria copiado seus planos quando desenvolveu o aplicativo.
O presidente da Rappi, Simon Borrero, é acusado de roubar segredos comerciais em 2015, quando ele e a empresa de desenvolvimento de software Imaginamos foram contratados para trabalhar em um aplicativo de entrega que seria chamado Kuiky. Borrero lançou a Rappi no fim daquele ano, de acordo com o processo.
A Rappi disse que se defenderia de forma contundente e classificou as alegações de “objetivamente incorretas“ em comunicado. Embora tenha não tenha comentado as alegações em detalhes, a empresa informou que registrou sua marca com autoridades colombianas e o nome de domínio na Internet em meados de 2014.
Desde seu lançamento, a Rappi se expandiu pela América Latina, contratando dezenas de milhares de pessoas para diversos tipos de entrega, desde refeições de restaurantes a pedidos de farmácias. Desde então, a empresa se ramificou para outros setores, incluindo tecnologia financeira. No ano passado, a Rappi recebeu investimento de US$ 1 bilhão do Vision Fund, do SoftBank. Com o investimento, a Rappi é avaliada em cerca de US$ 3,5 bilhões.