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SafeSpace: startup que quer acabar com assédio nas empresas capta R$ 11 mi

Em sua segunda rodada de investimentos, a startup fundada por quatro mulheres agora olha para novas tecnologias em favor de boas condutas

Fundadoras da SafeSpace: startup recebeu novos R$ 11 milhões para facilitar resolução de casos de má conduta nas empresas (SafeSpace/Divulgação)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 18 de novembro de 2021 às 12h35.

Última atualização em 19 de novembro de 2021 às 10h22.

A SafeSpace é uma startup que nasceu para solucionar um problema comum do ambiente empresarial: a ausência de mecanismos que realmente funcionem quando o assunto são as reclamações de má conduta por parte de alguns funcionários. Nesta quinta-feira, 18, a empresa acaba de ganhar novo fôlego para continuar com essa missão. A SafeSpace anunciou um novo aporte de 11 milhões de reais em uma rodada seed liderada pelo fundo ABSeed Ventures e com participação da DGF Investimentos e de investidores-anjo.

Criada em março de 2020 pelas jovens empreendedoras Rafaela Frankenthal, Giovanna Sasso, Natalie Zarzur e Claudia Farias, a SafeSpace quer levar mais tecnologia ao compliance empresarial. Para isso, criou novos canais por onde funcionários podem fazer suas denúncias e reclamações de forma ágil e transparente e acompanhá-las em tempo real.

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A ideia era acabar com os milhares de casos engavetados por conta da burocracia. O que a startup fez foi criar uma plataforma onde essas denúncias de má conduta como assédio, discriminação e fraude podem ser feitas e resolvidas pelos profissionais de RH até três vezes mais rápido, pelos cálculos da empresa.

 

Essa não é a primeira vez que a SafeSpace recebe investimentos para alavancar a sua missão de digitalizar o compliance do empresariado brasileiro. Em outubro do ano passado, a startup recebeu 2,4 milhões de reais do fundo Maya Capital e 11 investidores-anjo, incluindo Ariel Lambrecht, fundador da 99, Ann Williams, COO da Creditas, Mariana Dias, CEO da Gupy, e Luciana Caletti, fundadora do antigo Love Mondays.

Além de expandir o propósito da empresa, o novo cheque também traz um marco adicional à SafeSpace: a rodada é a maior já feita em uma startup fundada por mulheres no Brasil.

A nova era do compliance

O que a SafeSpace defende é a criação de uma nova era no compliance empresarial brasileiro – e que só deve acontecer com a ajuda da tecnologia. A percepção de que a inovação é necessária nessa jornada é o que faz com que a SafeSpace tenha uma carteira de clientes recheadas de startups e empresas disruptivas. Entre as mais de 50 companhias que usam a plataforma estão nomes como Creditas, Petlove, Buser, Cora e NotCo. Juntas, as empresas usuárias da startup somam 20.000 funcionários, em 7 diferentes países.

Essa mesma inovação é o que faz da SafeSpace mais do que um canal digital de denúncias, segundo a própria fundadora, Rafaela Frankenthal. “Acreditamos na educação, na mudança de comportamentos”, diz. “O que fazemos é criar bases de confiança e transparência, o que é um passo fundamental nas empresas que querem criar ambientes de trabalho seguros e promissores”. Na frente educativa, a startup também ajuda empresas sobre o uso dos canais de denúncia e orienta os profissionais do RH sobre como conduzir todo o processo.

Em uma onda crescente em busca de melhores condutas empresariais, reflexo direto das empresas que buscam galgar o G do ESG (sigla para ambiental, social e de governança), a criação de mecanismos que priorizem o bem-estar dos funcionários se tornou fundamental, segundo Geraldo Melzer, fundador da ABSeed Ventures, fundo que lidera o aporte atual na startup. “Existe um propósito muito grande na SafeSpace e existem propostas muito interessantes para um mercado de compliance que movimenta 50 bilhões de dólares globalmente”, diz. “O ESG ajuda, e a proposta de valor da startup mais ainda”.

Com a pandemia, a digitalização de inúmeros processos nas empresas e o desafio da gestão de times a distância sustentaram um crescimento significativo na SafeSpace. A startup multiplicou por 35 a receita nos últimos 12 meses – a empresa não abre faturamento. “Os conflitos aumentaram com a pandemia, o que mostra o real significado que uma boa gestão pode trazer às empresas”, diz Rafela. “Estamos ajudando as empresas a mudar seus caminhos a partir do momento em que percebem que não basta se adequarem, mas que sem ferramentas elas têm riscos altos”.

Agora, o desafio da SafeSpace está em usar o novo capital da ABSeed para crescer ainda mais. Os valores, segundo Rafaela, serão usados para marketing e novos produtos, especialmente na criação de novas funcionalidades na plataforma. “Queremos ir além das startups e conquistar todas as empresas, de qualquer indústria, segmento e porte, e fazê-las entender o valor da nossa solução”, diz.

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