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Rappi terá passeios com cães em seu aplicativo, em parceria com DogHero

De um lado, a busca por renda extra. Do outro, a preocupação com pets. Modelo da startup DogHero está no app colombiano que entrega de tudo

Passeador da DogHero: startup está em 750 cidades no Brasil, Argentina e México (Simone Bertuzzi/DogHero/Divulgação)

Passeador da DogHero: startup está em 750 cidades no Brasil, Argentina e México (Simone Bertuzzi/DogHero/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 16 de março de 2019 às 08h00.

Última atualização em 16 de março de 2019 às 16h06.

A startup colombiana de delivery Rappi continua expandindo a inclusão de serviços em sua plataforma -- e, desta vez, irá aproveitar os números do mercado de bichinhos de estimação.

Após incluir manicures e consertos residenciais por meio de parcerias com as startups brasileiras Singu e GetNinjas, o super aplicativo firmou uma parceria com mais um negócio inovador nacional, a plataforma DogHero, para incluir passeios com cachorros na sua gama de entregas.

O que a Rappi ganha com isso?

A Rappi está de olho em aproveitar um mercado em ascensão -- os produtos e serviços para pets estão entre mais pedidos por seus usuários. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 52 milhões de cachorros de estimação no país, que é o segundo maior mercado para cães. Em 2015, último ano de pesquisa do IBGE, o mercado nacional de pets foi projetado em cerca de 22 bilhões de reais.

O aplicativo já vendia itens para os bichinhos de estimação e agora oferecerá passeios, serviço também conhecido como dog walking. “Nosso usuário possui um tempo limitado, inclusive para andar com seu cachorro. A novidade vai de encontro à missão de proporcionar um tempo que antes não existia”, afirma Fernando Villela, diretor de crescimento e marketing da Rappi.

O que a DogHero ganha com isso?

Quem cuidará da seleção de passeadores e prestação do serviço é a DogHero, startup criada em 2014 com a ideia de achar o melhor anfitrião para pets quando seus donos não têm como cuidar deles -- seja em passeios ou hospedagem.

A seleção dos passeadores dura de 10 a 15 dias e inclui provas teóricas e práticas. Menos de 10% dos que se aplicam integram o serviço, de acordo com a DogHero. O passeio para um cachorro, com 30 minutos de duração, custa 25 reais. Uma porcentagem variável fica com o passeador.

Segundo Felipe Macário, gerente de operações para o passeio com cães na DogHero, o primeiro benefício da parceria é a associação de marca, já que ambas apostam na falta de tempo de seus usuários. “A Rappi tem ganhado bastante relevância e também temos muito a oferecer a eles, com cinco anos de história de mais de 800 mil cães na nossa base.”

A junção de marcas deve gerar um aumento em número de usuários para a DogHero, atendendo os usuários do aplicativo de entregas que possuem cachorros de estimação. Também de acordo com o IBGE, 44% das residências de classe A e B têm cães no domicílio. “O passeio é uma necessidade diária de um cachorro, então imaginamos que teremos uma boa frequência de uso no aplicativo”, afirma Macário.

O futuro das startups

Por enquanto, os passeios da DogHero na Rappi estarão disponíveis apenas na Grande São Paulo. Até o final do ano, a DogHero deverá expandir seus serviços no app para as principais capitais brasileiras, para Buenos Aires (Argentina) e Cidade do México (México).

Em sua própria operação, a DogHero possui mais de 18 mil provedores de serviços de hospedagem e passeios. O dog walking, lançado no começo do ano passado, já foi pedido 15 mil vezes e possui hoje mais de mil passeadores cadastrados. A startup está em 750 cidades no Brasil, Argentina e México.

Nos próximos lançamentos, deverá levar em consideração se a Rappi atua no local para usá-la como plataforma inicial de marketing e captação de usuários. Hoje, a Rappi atua em sete países. No Brasil, a colombiana está em 15 cidades e cresce 30% mensalmente.

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