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Quer lucrar na Olimpíada? Então, não tenha preços abusivos

Cartilha disponível no Portal Sebrae orienta como produtos e serviços devem ser precificados e garantir excelência no atendimento.


	Olimpíada do Rio: é uma oportunidade para os empresários, principalmente os de pequenos negócios, de aumentarem suas vendas
 (Reuters/Ricardo Moraes)

Olimpíada do Rio: é uma oportunidade para os empresários, principalmente os de pequenos negócios, de aumentarem suas vendas (Reuters/Ricardo Moraes)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2016 às 10h32.

Brasília - O Sebrae alerta contra a cobrança de preços abusivos durante as Olimpíadas e, por isso, orienta os empreendedores a cobrarem um preço justo dos turistas nacionais e estrangeiros que visitarem o Rio de Janeiro e as demais cidades onde haverá jogos do torneio.

Em uma cartilha voltada para os empresários, a instituição dá dicas de atendimento aos turistas durante o evento esportivo e dedica um capítulo à precificação dos produtos e serviços oferecidos pelas micro e pequenas empresas brasileiras.

Os Jogos Olímpicos são uma oportunidade para os empresários, principalmente os de pequenos negócios, de aumentarem suas vendas de produtos e serviços diante do grande fluxo de turistas durante esse megaevento esportivo, observa a diretora-técnica do Sebrae, Heloisa Menezes, ao destacar também a maior concorrência nessa época.

“Por isso, é importante praticar preços competitivos, que viabilizem um maior volume de vendas e deixe o cliente satisfeito a ponto de recomendar o produto ou serviço a outros consumidores”, assinala.

Preços muito elevados podem afugentar o turista, por isso, o empreendedor deve listar os custos fixos e variáveis, além da margem de lucro, para conseguir precificar o produto e estimular o desejo do consumidor.

Além da precificação, a cartilha traz outras sete dicas de como alcançar a excelência no atendimento ao turista durante os Jogos Olímpicos. Rever a prestação de serviços pela ótica do turista, ter foco no cliente, estabelecer parcerias, ter um relacionamento interativo com o freguês, ter atuação diversificada no mercado, estar atento às tendências e entregar valor são dicas do Sebrae.

“Empreender no turismo é trabalhar enquanto todos estão de férias e se divertindo, ou em horários em que normalmente as pessoas estão dormindo, em feriados, nos quais a maioria das pessoas descansa”, diz Heloisa Menezes.

“Restaurante fechado no horário de almoço, táxi que se recusa a levar os passageiros a determinados pontos da cidade, museu que fecha nos fins de semana, hotel que encerra o serviço de quarto às 22h: tudo isso ainda é realidade em muitos destinos turísticos brasileiros, mas que podem comprometer a excelência no atendimento”, pondera a diretora-técnica do Sebrae.

Dicas oportunas e indicadas:

- Os grandes eventos não são a última chance para faturar e sim oportunidades de atrair atenção do mundo para o Brasil. Por isso, saiba como precificar seu produto. Liste seus custos fixos e variáveis, assim como sua margem de lucro, e repasse ao consumidor o preço justo pelo produto/serviço que está sendo prestado.

- Em toda relação comercial, o cliente é o ator principal. Assim, atenda seu cliente como gostaria de ser atendido em suas viagens. Conheça seu cliente para oferecer aquilo que ele quer e ter a capacidade de despertar vontades.

- Estabeleça parcerias de tal modo que o turista não perceba que os serviços estão sendo prestados por empreendimentos diferentes. Esse é um importante indício de que a qualidade que você oferece está sendo replicada pelos demais.

- Com base no perfil do seu cliente, escolha em qual rede social seu empreendimento estará. Adultos usam mais o Facebook; já adolescentes preferem o Snapchat. No Instagram, abuse de imagens chamativas e faça promoções que favoreçam a interação com seus fãs.

- Entregue valor ao seu cliente, ou seja, surpreenda o cliente, ofereça algo a mais do que ele comprou. O que não significa, necessariamente, que a surpresa resida apenas em ações grandiosas. É possível surpreender com pequenas atitudes e mimos, típicos da hospitalidade.

- Equipamentos turísticos, apesar de serem originalmente pensados para os turistas, podem e devem atender a outros tipos de público, como moradores e trabalhadores temporários. Contudo, é imprescindível diferenciar as necessidades de cada um e o que será entregue de valor.

- A implantação de qualquer tendência tem que estar relacionada ao perfil do público-alvo dos estabelecimentos. Não seria efetivo, por exemplo, se tornar uma pousada supertecnológica, se o cliente quer se desconectar.

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