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Quem são os empreendedores que faturam com bares em São Paulo

Conheça os pequenos grupos que comandam dois bares ou mais na capital paulista

Mais um, garçom! (Fernando Moraes)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2011 às 05h00.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h30.

São Paulo – Entre o trabalho e o congestionamento, a semana de muitos paulistanos termina na mesa do bar. Apesar da cultura de bares e botecos não ser exclusiva de São Paulo - Rio de Janeiro e Minas Gerais também têm seus representantes ilustres - só a cidade de São Paulo abriga 15 mil bares. O setor é o maior gerador de empregos da capital paulista. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel/SP), apesar da alta rotatividade, os bares e restaurantes da cidade empregam quase 800 mil pessoas. Apesar de representativos na economia da cidade, os estabelecimentos sofrem com a burocracia e a legislação. A associação calcula que 35% dos bares fecham no primeiro ano e só 3% passam de uma década de vida. Para não entrar para a estatística, a Abrasel/SP recomenda que os empreendedores pesquisem se o local pode receber um bar, se há vagas de estacionamento por perto e se a vizinhança não vai reclamar com o barulho. Entre uma cerveja e uma porção de pastéis típica da baixa gastronomia paulista, alguns conseguem sobreviver neste mercado. Confira a seguir cinco exemplos de grupos comandados por empreendedores que conseguiram vencer essas barreiras e prosperar no cenário boêmio de São Paulo.
  • 2. Fábrica de Bares

    2 /6(Divulgação/Divulgação)

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    Não foi à toa que Alvaro Aoas escolheu o nome Fábrica de Bares para sua empresa. O empreendedor abriu o primeiro bar em 2001 e não parou mais. O Bar Brahma, no centro de São Paulo, virou referência na cidade e recebe até 25 mil pessoas por mês. “A vontade de abrir um bar veio depois de uma viagem à Europa. Me apaixonei pelos bares europeus”, conta Aoas. O empresário comanda hoje outros seis bares: Bar Brahma Aeroclube, Cia da Cerveja, Ludovina, Manotango Parrilla Bar, José Menino e Torcedor. “Quem tem um bar é escravo, quem tem cinco, maluco e quem tem dez, empresário”, brinca. Somando todos os estabelecimentos, são servidos mais de 200 mil chopes e 5 mil porções de pastéis para até 80 mil pessoas por mês. “É no bar que se constrói a cultura paulistana”, diz.
  • 3. Um sucesso atrás do outro

    3 /6(Fernando Moraes)

  • Edgard Bueno da Costa, Ricardo Garrido e Sergio Bueno de Camargo não faltavam a uma reunião na mesa de bar aos finais de semana. Os amigos se reuniam em bares da cidade para beber cerveja e petiscar. A admiração pelo serviço de estabelecimentos consagrados fez com que os três resolvessem abrir um lugar parecido e se juntaram a mais dois sócios, Fernando Grinberg e Mario Gorski. O Original, primeiro bar da Companhia Tradicional do Comércio, abriu as portas em 1996. Depois do Original, que continua na ativa, o grupo abriu o Pirajá, bar com ar carioca; o Astor, reconhecido pela gastronomia; o Subastor, um “speakeasy” ou bar escondido na cidade; e o BottaGallo, que atrai pelos petiscos com influência italiana. Hoje, a Companhia administra ainda as pizzarias Brás e Quintal do Brás e a Lanchonete da Cidade.
  • 4. No ponto certo

    4 /6(Fernando Moraes)

    Os jornalistas Andrea Nathan e Eduardo Azevedo estudaram jornalismo juntos e, em 2002, com referências de bares e clubes nova-iorquinos, abriram a Funhouse. “Mais do que nossa habilidade com o negócio, a proposta deu muito certo”, conta Andrea. Mais com cara de casa noturna do que de boteco, a Funhouse atrai um público descolado para festas específicas. Três anos depois, um imóvel para alugar em frente ao clube despertou a vontade de continuar nos negócios. “Eu tive que viajar pela América do Sul a trabalho e fui juntando referências do Peru, do Chile, da Argentina. Em 2005, abrimos o Exquisito!”, diz. O bar ficou conhecido pelas receitas peruanas, mexicanas e até bolivianas. Depois de mais quatro anos, chegou a hora de abrir o Squat, na mesma região dos outros dois estabelecimentos. “Este mercado tem dois grandes riscos. O primeiro é não se atualizar e esvaziar do dia para a noite. O outro é se perder na burocracia”, explica.
  • 5. Onde jornalismo e chope se encontram

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    Para Fernando Costa Netto, sócio nos bares Cervejaria Patriarca, Posto 6, Salve Jorge e Armazém Piola, essa é a melhor definição de bar. “Jornalismo e bares tem uma ligação muito forte”, diz. Netto é jornalista e estava fazendo uma revista para um restaurante quando decidiu inaugurar o Posto 6, em 2002. “O bar nasceu meio por impulso”, conta. A referência para o nome veio do trecho final de Copacabana e a decoração ficou por conta de imagens do carioca Jornal do Brasil. Depois daí, os sócios não pararam. Abriram o José Menino, o Salve Jorge, que homenageia Jorges famosos, a Cervejaria Patriarca e, mais recentemente, o Armazém Piola, fruto de uma associação com os donos da pizzaria Piola.
  • 6. Bares de família

    6 /6(MARIO RODRIGUES)

    A sociedade dos irmãos Ricardo, Arnaldo, Helton e Ronen Altman para investir nos botecos paulistas começou em 2000 com a inauguração do Filial. O bar que atraiu principalmente jornalistas, artistas e intelectuais foi eleito várias vezes o melhor para terminar a noite na cidade. O sucesso empurrou os irmãos para uma nova empreitada. Em 2002, o Genésio abriu as portas na mesma rua, de frente para o Filial. Em 2006, foi a vez de o Genial começar a receber o mesmo público dos outros dois estabelecimentos. O caçula dos bares herdou características dos mais velhos, como o piso quadriculado, e também vive lotado até altas horas da madrugada.
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