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Qual é a hora certa de sair da sua startup?

Saiba em que situações a saída do empreendedor do negócio que fundou é aceitável

Adeus (Striatic/Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 20h54.

Qual é o momento certo para o empreendedor sair da startup?
Respondido porYuri Gitahy, especialista em startup

O momento da saída é um ponto importante no ciclo de vida de uma startup. Apesar de ser quase sempre um objetivo dos investidores, alguns empreendedores podem querer vender sua participação e deixarem o negócio. Mas qual é a hora certa?

Inicialmente, vamos desconsiderar todas as situações usuais de saída que se mapeiam em uma empresa tradicional - quando os sócios não dão certo juntos; quando o empreendedor simplesmente não tem mais vontade de continuar naquele negócio ou setor; ou quando o empreendedor cansou da empreitada, e prefere arrumar um emprego; entre outras.

No caso de uma startup, existem quatro situações típicas em que chega a hora de se fazer uma saída. São elas:

1. Quando o empreendedor chegou ao limite do tempo (ou dinheiro) que se impôs para fazer o negócio engrenar como gostaria. Caso isso aconteça e o negócio ainda seja viável, o melhor é vender sua parte. Esse limite deve ser recalculado a todo o tempo no ciclo de vida da startup, pois ele depende do custo de oportunidade que o empreendedor deseja pagar.

2. Quando ele tem planos de um projeto mais promissor e quer se dedicar full-time a ele. Mesmo assim, vender 100% da sua participação em um negócio que está dando certo não é muito interessante, por isso o empreendedor costuma vender somente parte de seu equity para os atuais sócios da empresa - afinal, é comum que o contrato social dê o direito de preferência na compra a eles.

3. Quando o empreendedor já tinha uma forte inclinação a fazer o exit, desde quando começou a empreender. Isso é comum com empreendedores seriais, que costumam criar e desenvolver startups em sequência, uma após a outra. Para eles, o exit é um objetivo tão claro como a criação da empresa.

4. Quando existe uma proposta financeiramente irrecusável que exija que ele deixe a empresa. Quantitativamente, isso depende de quanto o empreendedor decide por irrecusável ao ponderar seu investimento no negócio e custo de oportunidade (e ser uma proposta que os sócios atuais não consigam cobrir, perdendo sua preferência na compra). Uma situação típica é quando o empreendedor tem um perfil que não é adequado para o futuro da empresa - por exemplo, por ser um técnico muito bom, mas um gestor não muito promissor. Por isso, é comum que ele deixe a empresa e passe a fazer parte do conselho, vendendo a maioria de suas ações.

Como se pode ver, todas as situações assumem que há algo mais interessante para o empreendedor fora da empresa - sinal típico de um projeto não muito saudável. Justamente por isso, é mais fácil ver um empreendedor desistir de sua startup (e assumir seu fracasso) do que fazendo sua saída: a maior recompensa está não na saída, mas em continuar como o principal sócio de uma startup de sucesso.

Yuri Gitahy é investidor-anjo, conselheiro de empresas de tecnologia e fundador daAceleradora, que apoia startups com gestão e capital semente

Envie suas dúvidas sobre startups paraexamecanalpme@abril.com.br.


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Qual é o momento certo para o empreendedor sair da startup?
Respondido porYuri Gitahy, especialista em startup

O momento da saída é um ponto importante no ciclo de vida de uma startup. Apesar de ser quase sempre um objetivo dos investidores, alguns empreendedores podem querer vender sua participação e deixarem o negócio. Mas qual é a hora certa?

Inicialmente, vamos desconsiderar todas as situações usuais de saída que se mapeiam em uma empresa tradicional - quando os sócios não dão certo juntos; quando o empreendedor simplesmente não tem mais vontade de continuar naquele negócio ou setor; ou quando o empreendedor cansou da empreitada, e prefere arrumar um emprego; entre outras.

No caso de uma startup, existem quatro situações típicas em que chega a hora de se fazer uma saída. São elas:

1. Quando o empreendedor chegou ao limite do tempo (ou dinheiro) que se impôs para fazer o negócio engrenar como gostaria. Caso isso aconteça e o negócio ainda seja viável, o melhor é vender sua parte. Esse limite deve ser recalculado a todo o tempo no ciclo de vida da startup, pois ele depende do custo de oportunidade que o empreendedor deseja pagar.

2. Quando ele tem planos de um projeto mais promissor e quer se dedicar full-time a ele. Mesmo assim, vender 100% da sua participação em um negócio que está dando certo não é muito interessante, por isso o empreendedor costuma vender somente parte de seu equity para os atuais sócios da empresa - afinal, é comum que o contrato social dê o direito de preferência na compra a eles.

3. Quando o empreendedor já tinha uma forte inclinação a fazer o exit, desde quando começou a empreender. Isso é comum com empreendedores seriais, que costumam criar e desenvolver startups em sequência, uma após a outra. Para eles, o exit é um objetivo tão claro como a criação da empresa.

4. Quando existe uma proposta financeiramente irrecusável que exija que ele deixe a empresa. Quantitativamente, isso depende de quanto o empreendedor decide por irrecusável ao ponderar seu investimento no negócio e custo de oportunidade (e ser uma proposta que os sócios atuais não consigam cobrir, perdendo sua preferência na compra). Uma situação típica é quando o empreendedor tem um perfil que não é adequado para o futuro da empresa - por exemplo, por ser um técnico muito bom, mas um gestor não muito promissor. Por isso, é comum que ele deixe a empresa e passe a fazer parte do conselho, vendendo a maioria de suas ações.

Como se pode ver, todas as situações assumem que há algo mais interessante para o empreendedor fora da empresa - sinal típico de um projeto não muito saudável. Justamente por isso, é mais fácil ver um empreendedor desistir de sua startup (e assumir seu fracasso) do que fazendo sua saída: a maior recompensa está não na saída, mas em continuar como o principal sócio de uma startup de sucesso.

Yuri Gitahy é investidor-anjo, conselheiro de empresas de tecnologia e fundador daAceleradora, que apoia startups com gestão e capital semente

Envie suas dúvidas sobre startups paraexamecanalpme@abril.com.br.


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