Quais referências um empreendedor digital deve ter?
Especialista indica quais livros e personalidades os empreendedores devem conhecer
Da Redação
Publicado em 15 de março de 2012 às 15h05.
Quais são as referências para um empreendedor digital?
Respondido porFernando de La Riva, especialista em negócios digitais
Antes de montar uma empresa, é preciso montar uma personalidade empreendedora. Para isso, uma ótima forma de começar é saber onde procurar conhecimento, o que é complicado se considerarmos o volume de informações sobre empreendedorismo na área digital. Para esta coluna, porém, podemos dividir as fontes em três grupos principais: os evangelistas, os investidores e os executores.
No que se refere aos evangelistas, o tripé de negócios é formado por Steve Blank, com “The Four Steps to the Epiphany”, Eric Ries, com “The Lean Startup”, e Alexander Osterwalder, com “Business Model Generation”. Também acho importante conhecer o “Running Lean”, de Ash Maurya; o “Crossing the Chasm”, de Geofrey Moore; e os livros do Clayton Christensen. Além deles, algumas referências menos densas como Brant Cooper ("Entrepreneur’s Guide to CustDev") e Jessica Livingston ("Founders at Work") também são interessantes.
Os investidores de risco, cujo papel é muitas vezes incompreendido, têm habilidade cirúrgica para cortar o que é irrelevante e decidir sempre pelo imperativo do lucro e do retorno sobre o capital investido. Isto é a única coisa que mantém o sistema saudável em longo prazo. Investidores não costumam ter livros, mas falam e blogam. Assim, é possível aprender com alguns deles, como Dave McLure, Paul Graham, os irmãos Sawner, Brad Feld, Mark Suster, Mark Andreessen/Ben Horowitz e Fred Wilson.
Os executores (ou fundadores) são os artistas, que não são ninguém sem um bom co-fundador técnico e um time. Além dos óbvios: Steve Jobs, Bill Gates, Mark Zuckerberg, Jeff Bezzos e Jerry Yang, é importante ressaltar algumas novas referências. Eu destaco Max Levchin (do PayPal), Craig Newmark (Craigslist), Sabeer Bhatia (Hotmail), Mike Lazaridis (RIM) e David Hansson (37Signals). No Brasil, cabe citar Julio Vasconcellos (Peixe Urbano), Romero Rodrigues (Buscapé) e Márcio Kumruian (Netshoes).
Assimilar toda esta informação não é uma receita de sucesso, mas pode encurtar o caminho de aprendizado e artificializar uma experiência que é necessária, mas não suficiente, para se tornar um empreendedor de sucesso. Uma última dica é: falhe barato, falhe rápido e falhe em silêncio, até que você ache o seu modelo de negócio.
Fernando de La Riva é diretor-executivo da Concrete Solutions , consultoria global de TI, e ajudou a desenvolver mais de 17 startups de tecnologia. Envie suas dúvidas sobre negócios digitais paraexamecanalpme@abril.com.br.
Quais são as referências para um empreendedor digital?
Respondido porFernando de La Riva, especialista em negócios digitais
Antes de montar uma empresa, é preciso montar uma personalidade empreendedora. Para isso, uma ótima forma de começar é saber onde procurar conhecimento, o que é complicado se considerarmos o volume de informações sobre empreendedorismo na área digital. Para esta coluna, porém, podemos dividir as fontes em três grupos principais: os evangelistas, os investidores e os executores.
No que se refere aos evangelistas, o tripé de negócios é formado por Steve Blank, com “The Four Steps to the Epiphany”, Eric Ries, com “The Lean Startup”, e Alexander Osterwalder, com “Business Model Generation”. Também acho importante conhecer o “Running Lean”, de Ash Maurya; o “Crossing the Chasm”, de Geofrey Moore; e os livros do Clayton Christensen. Além deles, algumas referências menos densas como Brant Cooper ("Entrepreneur’s Guide to CustDev") e Jessica Livingston ("Founders at Work") também são interessantes.
Os investidores de risco, cujo papel é muitas vezes incompreendido, têm habilidade cirúrgica para cortar o que é irrelevante e decidir sempre pelo imperativo do lucro e do retorno sobre o capital investido. Isto é a única coisa que mantém o sistema saudável em longo prazo. Investidores não costumam ter livros, mas falam e blogam. Assim, é possível aprender com alguns deles, como Dave McLure, Paul Graham, os irmãos Sawner, Brad Feld, Mark Suster, Mark Andreessen/Ben Horowitz e Fred Wilson.
Os executores (ou fundadores) são os artistas, que não são ninguém sem um bom co-fundador técnico e um time. Além dos óbvios: Steve Jobs, Bill Gates, Mark Zuckerberg, Jeff Bezzos e Jerry Yang, é importante ressaltar algumas novas referências. Eu destaco Max Levchin (do PayPal), Craig Newmark (Craigslist), Sabeer Bhatia (Hotmail), Mike Lazaridis (RIM) e David Hansson (37Signals). No Brasil, cabe citar Julio Vasconcellos (Peixe Urbano), Romero Rodrigues (Buscapé) e Márcio Kumruian (Netshoes).
Assimilar toda esta informação não é uma receita de sucesso, mas pode encurtar o caminho de aprendizado e artificializar uma experiência que é necessária, mas não suficiente, para se tornar um empreendedor de sucesso. Uma última dica é: falhe barato, falhe rápido e falhe em silêncio, até que você ache o seu modelo de negócio.