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Os prós e contras de trocar o emprego por um negócio

Explorar as vantagens e desvantagens deste movimento é fundamental para evitar futuras frustrações

Jovem em dúvida (Thomas Egger/Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2011 às 06h12.

São Paulo – Trocar a segurança do emprego pelo risco de abrir um negócio é uma decisão que exige muito planejamento e ponderação. Ter claro quais são as vantagens e desvantagens deste movimento é o primeiro passo para evitar futuras frustrações.

Conheça, a seguir, alguns prós e contras desta transição:

Qualidade de vida

Pró: tornar-se o próprio patrão significa ter liberdade para organizar o próprio tempo. Você não vai mais precisar inventar desculpas para resolver problemas pessoais durante o “expediente” e poderá agendar suas folgas e férias sem restrições. “É possível adequar a jornada às suas necessidades. Isso é especialmente importante para a mulher que quer ter um equilíbrio maior entre vida pessoal e profissional após o nascimento dos filhos”, diz Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da Fundação Getulio Vargas de São Paulo.

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Contra: cuidar de um negócio próprio, em geral, exige mais dedicação que um emprego das 9h às 18h. Quem optar por negócios que funcionam à noite e finais de semana – como lojas, restaurantes e bares – tem que estar ciente de que a jornada de trabalho pode aumentar em vez de diminuir. “Nos três ou quatro primeiros anos, você trabalha muito mais do que em um emprego normal”, diz Andreassi. “Abrir um negócio pensando que vai trabalhar menos é um péssimo começo”, ele acrescenta.

Autonomia

Pró: No comando do próprio negócio, o empreendedor terá muito mais liberdade para tomar as decisões que considera mais acertadas. “A burocracia de uma empresa limita os profissionais, principalmente os mais criativos e inovadores”, destaca Andreassi.

Contra: A falta de uma estrutura de apoio e o despreparo podem levar o empreendedor a cometer erros graves, pelos quais ele é inteiramente responsável. “Muitos empresários quebram porque não estão prontos para comandar um negócio. Não entendem de gestão, não têm visão de finanças, não sabem precificar. É preciso investir em preparo e planejamento antes dar este salto”, destaca Adriano Gomes, professor do curso de Administração da ESPM. Buscar um sócio com experiência anterior à frente de um negócio pode diminuir os riscos.


Retorno financeiro

Pró: “Se o negócio der certo, você pode ganhar muito dinheiro”, resume Andreassi. Em um negócio próprio, o fruto do trabalho do empreendedor vai direto para o seu bolso (descontando impostos, salários e os custos de manter a empresa funcionando, não se esqueça). De qualquer maneira, o empreendedor não depende de aumentos, bônus e promoções para escalar seus ganhos.

Contra: Não há garantias de que o negócio vai dar certo. Os ganhos, principalmente no começo, podem não ser suficientes para cobrir as despesas básicas do lar e da própria empresa. Muitos executivos trocam cargos bem remunerados por um empreendimento e acabam se arrependendo amargamente.  “Não vai ter uma retirada certa, ninguém garante que você manterá o seu padrão de vida atual”, enfatiza Gomes.

Segurança

Pró: Você dificilmente será despedido do negócio que criou – a menos que venda uma participação muito grande a potenciais sócios ou investidores, como fez Steve Jobs, afastado temporariamente da gestão da Apple em 1984. Mesmo assim, sua fatia no negócio continuará sendo sua. Portanto, enquanto a empresa for lucrativa, seus ganhos estão garantidos.

Contra: Além de não ter um salário fixo, o empreendedor muitas vezes abre mão de benefícios como plano de saúde e décimo terceiro salário. Tudo isso deve entrar na conta antes de se pedir demissão. É importante que o candidato a empreendedor tenha reservas suficientes para se manter durante o período de maturação do negócio. Mesmo com todos os cuidados, é preciso estar ciente de que empreender é correr riscos e mesmo os negócios mais bem-sucedidos podem enfrentar crises e até fechar as portas sem aviso prévio. “É importante identificar uma oportunidade de mercado, certificar-se de que de fato há potencial para o seu negócio”, aconselha Andreassi.

Satisfação no trabalho

Pró: Fazendo o que gosta, o empreendedor tem mais chances de encontrar a tão almejada realização profissional. “Quem tem paixão pelo que faz, tende a ser mais feliz no dia a dia”, aponta Andressi.

Contra:
Transformar um hobby ou uma paixão em negócio não é garantia de sucesso. Você pode ser amar a noite, mas detestar a experiência de administrar uma casa noturna, portanto é preciso ter cuidado com as idealizações. Converse com outras empreendedores e tente conhecer suas rotinas antes de tomar qualquer decisão.

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