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Os planos do rival do iFood para faturar R$ 20 milhões em 2021

A quero delivery, que nasceu em Sergipe, conta com mais de 1 milhão de usuários cadastrados atualmente e 15 mil parceiros

Miguel Neto, CEO e fundador da quero delivery. (quero delivery/Divulgação)

Miguel Neto, CEO e fundador da quero delivery. (quero delivery/Divulgação)

Mariana Martucci

Mariana Martucci

Publicado em 5 de outubro de 2021 às 20h53.

Do agreste nordestino às entranhas do Brasil. Essa é a meta da startup de delivery quero, que já faturou R$ 13 milhões em 2020 e que planeja atingir a casa dos R$ 20 milhões neste ano. Fundada em 2018 pelos sergipanos Miguel Neto e Danilo Souza, o negócio quer ir além das entregas -- mais de 1,2 milhões de pedidos por mês -- e atuar também nas frentes de logística e empréstimos.

A operação, que nasceu na cidade de Lagarto, Sergipe, conta com mais de 1 milhão de usuários cadastrados atualmente e 15 mil parceiros. O objetivo para este ano é impactar 20 mil empreendimentos e aumentar a presença principalmente em cidades do interior do país. A startup já está presente em 180 cidades brasileiras e 14 estados. Mesmo sem estar na capital, o app pode ser encontrado em cidades como Louveira, Vinhedo e Lorena no estado de São Paulo. O app pode ser encontrado na Play Store e na Apple Store.

Um dos propósitos da startup é encontrar uma solução para as mais diversas realidades econtradas por micro e pequenos empreendedores no país, como a falta de capital para fluxo de caixa, dificuldade de acesso a serviços financeiros ou até mesmo como fazer a melhor gestão dos negócios.

Segundo o fundador e CEO da quero delivery, Miguel Neto, os estabelecimentos aumentaram em até cinco vezes o faturamento com o uso do app. "A empresa nasceu com uma veia colaborativa regional muito forte, por isso, sempre valorizamos e contribuímos para o crescimento de estabelecimentos locais”, afirma. Aos 26 anos, os planos de crescimento de Miguel são ousados. Nascido e criado em Sergipe, seu grande desafio agora é buscar diferenciação em um mercado competitivo, aquecido e dominado por foodtechs como iFood, Uber Eats e Rappi.

A startup conta com mais de 12 mil estabelecimentos parceiros/credenciados, dentre eles, Subway e Bobs. Para este ano, o foco é a contratação de pessoas, desenvolvimento de novos produtos, abertura e consolidação em novas cidades.

“Temos um grande aliado a nosso favor, que é a mudança de comportamento e hábitos de consumo por meio de plataformas digitais e, que sem dúvida alguma, favoreceram ainda mais esse modelo, porém, entregamos muito mais que uma solução de delivery”, explica Neto.

Com o lema “aproveite a vida, o resto entrego pra você”, as vantagens para o consumidor final também se mostram relevantes. Os valores aplicados são acessíveis e podem contar com ofertas sem ao menos precisar de cupom. Já são mais de 20 modalidades, como farmácias, livrarias, petshops, bares e restaurantes, hortifrutis, açougues, cosméticos, lojas de roupa, empórios e outras.

Mais que delivery

Após quase um ano de desenvolvimento, pesquisa e inovação, o app funciona como uma plataforma de marketplace de serviços. Além da atuação com o segmento de comidas, a quero, em parceria com o BTG, oferta planos e modalidades de empréstimos para pequenos negócios, com juros que variam conforme o empreendimento, valor contratado e prazo escolhido. Já foram disponibilizados mais de R$ 2 milhões em recursos financeiros.

“O nosso diferencial competitivo é, justamente, olhar e oferecer serviços, sobretudo, para negócios em fase inicial. Por meio da nossa plataforma contribuir para o crescimento desses estabelecimentos comerciais que, muitas vezes, ainda são mal assistidos e orientados por plataformas de delivery”, afirma o empreendedor.

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