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O vestibular do franqueado

Como um candidato a franqueado pode aumentar as suas chances de ser aceito por uma rede de franquias

Marcelo Cruz, da rede WSI. De cada dez candidatos que passam na entrevista no Brasil, apenas um chega à etapa final (Fabiano Accorsi)
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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 06h00.

São Paulo - Para o agrônomo Marcelo Cruz, de 48 anos, provar-se apto para ser um máster franqueado da rede canadense WSI, consultoria de tecnologia especializada em mar­keting digital, deu mais trabalho do que passar no vestibular para agronomia, que ele cursou na Unesp 30 anos atrás.

Entre o contato inicial com a empresa e a abertura de sua primeira unidade, na cidade paulista de Araraquara, em 2011, Cruz levou mais de dois anos. A via-sacra incluiu vários meses de aperfeiçoamento na língua inglesa e uma bateria de testes da própria WSI.

"Na fase final, precisei fazer o treinamento online da empresa durante um mês, fui submetido a testes psicológicos e participei de três entrevistas no Brasil", diz Cruz. "Depois, ainda fiquei mais duas semanas em treinamento intensivo na sede da WSI, em Toronto."

Com um histórico profissional diversificado, Cruz já trabalhou como executivo no grupo Cutrale, uma das maiores empresas de suco de laranja do mundo, foi consultor na área agrícola e abriu uma empresa de factoring em Araraquara, no interior de São Paulo. Em 2009, decidiu investir em franquias.

"Quem gosta de empreender está sempre em busca de algo novo", diz. "Naveguei na internet tentando entender como funcionava o sistema, li uma dezena de livros e viajei para Portugal em busca de novidades."

Numa dessas pesquisas na internet, Cruz conheceu a WSI, rede com mais de 1.500 unidades em 87 países. Entusiasmado com a empresa, ligou para Toronto em busca de informações. Embora se comunicasse bem em inglês, ele percebeu que lhe faltava domínio de vocabulário técnico e mais fluência para aproveitar bem os treinamentos que estariam por vir.

"Ao final do primeiro telefonema, pedi ao franqueador canadense um prazo de seis meses para retomar o contato", diz Cruz. Nesse período, passou a fazer aulas particulares de inglês quatro vezes por semana. Três meses depois, mais afiado no idioma, viajou ao Canadá para conhecer a WSI.

"Foi quando descobri que a máster franquia para o Brasil já tinha dono", diz Cruz. "Ela havia sido vendida no período que tirei para estudar." Cruz questionou os franqueadores sobre a possibilidade de haver mais de um máster franqueado no Brasil, e acabou por convencê-los da necessidade de alguém para se dedicar à expansão da marca especificamente no interior de São Paulo.

Depois de passar por todos os estágios de seleção e investir cerca de 420.000 reais na unidade de Araraquara, tornou-se máster franqueado para a região, com a incumbência de promover a expansão da franquia em cidades como Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Carlos.

Uma das principais funções de Cruz é orientar candidatos a trilhar um caminho semelhante ao que ele enfrentou e trazer mais franqueados para a WSI, que atualmente tem 13 unidades no país e espera faturar 5 milhões de reais em 2012.

"Minha maior dificuldade não é encontrar gente com dinheiro no bolso, perfil empreendedor e afinidade com o mundo digital, mas, sim, pessoas com fluência necessária em inglês", diz Cruz. "Cerca de 70% dos candidatos são barrados na primeira fase de entrevistas — a maioria por falta de domínio do idioma. Dos que ficam, apenas um em cada dez chega à etapa no exterior."

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São Paulo - Para o agrônomo Marcelo Cruz, de 48 anos, provar-se apto para ser um máster franqueado da rede canadense WSI, consultoria de tecnologia especializada em mar­keting digital, deu mais trabalho do que passar no vestibular para agronomia, que ele cursou na Unesp 30 anos atrás.

Entre o contato inicial com a empresa e a abertura de sua primeira unidade, na cidade paulista de Araraquara, em 2011, Cruz levou mais de dois anos. A via-sacra incluiu vários meses de aperfeiçoamento na língua inglesa e uma bateria de testes da própria WSI.

"Na fase final, precisei fazer o treinamento online da empresa durante um mês, fui submetido a testes psicológicos e participei de três entrevistas no Brasil", diz Cruz. "Depois, ainda fiquei mais duas semanas em treinamento intensivo na sede da WSI, em Toronto."

Com um histórico profissional diversificado, Cruz já trabalhou como executivo no grupo Cutrale, uma das maiores empresas de suco de laranja do mundo, foi consultor na área agrícola e abriu uma empresa de factoring em Araraquara, no interior de São Paulo. Em 2009, decidiu investir em franquias.

"Quem gosta de empreender está sempre em busca de algo novo", diz. "Naveguei na internet tentando entender como funcionava o sistema, li uma dezena de livros e viajei para Portugal em busca de novidades."

Numa dessas pesquisas na internet, Cruz conheceu a WSI, rede com mais de 1.500 unidades em 87 países. Entusiasmado com a empresa, ligou para Toronto em busca de informações. Embora se comunicasse bem em inglês, ele percebeu que lhe faltava domínio de vocabulário técnico e mais fluência para aproveitar bem os treinamentos que estariam por vir.

"Ao final do primeiro telefonema, pedi ao franqueador canadense um prazo de seis meses para retomar o contato", diz Cruz. Nesse período, passou a fazer aulas particulares de inglês quatro vezes por semana. Três meses depois, mais afiado no idioma, viajou ao Canadá para conhecer a WSI.

"Foi quando descobri que a máster franquia para o Brasil já tinha dono", diz Cruz. "Ela havia sido vendida no período que tirei para estudar." Cruz questionou os franqueadores sobre a possibilidade de haver mais de um máster franqueado no Brasil, e acabou por convencê-los da necessidade de alguém para se dedicar à expansão da marca especificamente no interior de São Paulo.

Depois de passar por todos os estágios de seleção e investir cerca de 420.000 reais na unidade de Araraquara, tornou-se máster franqueado para a região, com a incumbência de promover a expansão da franquia em cidades como Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e São Carlos.

Uma das principais funções de Cruz é orientar candidatos a trilhar um caminho semelhante ao que ele enfrentou e trazer mais franqueados para a WSI, que atualmente tem 13 unidades no país e espera faturar 5 milhões de reais em 2012.

"Minha maior dificuldade não é encontrar gente com dinheiro no bolso, perfil empreendedor e afinidade com o mundo digital, mas, sim, pessoas com fluência necessária em inglês", diz Cruz. "Cerca de 70% dos candidatos são barrados na primeira fase de entrevistas — a maioria por falta de domínio do idioma. Dos que ficam, apenas um em cada dez chega à etapa no exterior."

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