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Negócios em forma na academia Leven

A Leven conquistou clientes com aulas de ginástica individuais para quem não gosta da agitação das academias. O objetivo agora é descobrir como crescer mais

Vitor Barrella, Pedro Torteli e Marco Camarneiro sócios da academia Leven. (Daniela Toviansky)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2011 às 19h56.

Nos últimos anos, a academia de ginástica Leven vem crescendo ao atender clientes que não se preocupam em fazer exercícios apenas para melhorar a aparência.

“Nossos alunos não malham para ter um corpo atlético”, diz Marco Camarneiro, de 30 anos, um dos fundadores. “Eles tampouco gostam do ambiente agitado de academias.” Boa par­te dos alunos da Leven quer melho­rar o condicionamento físico por recomendação médica, para tratar uma lesão muscular ou dores na coluna.

Em 2010, a Leven faturou 200 000 reais. Para atrair um tipo de cliente que muitas vezes quer distância das academias, Camarneiro e seus dois sócios — os professores de educação física Vitor Barrella e Pedro Torteli, ambos de 27 anos — criaram um ambiente onde massa muscular em excesso não é bem-vinda. “Não contratamos professores marombados”, diz Camarneiro. “Nossos alunos não ficam à vontade com gente forte demais.”

A Leven se especializou em dar aulas individuais. Na sala de treinamento entram apenas seis alunos por vez. Cada um tem à disposição um professor exclusivo por 1 hora, como se fosse um personal trainer.

Esse tipo de atendimento ajudou a Leven a superar um dos obstáculos para o crescimento das academias de ginástica — o índice elevado de alunos que abandonam o treinamento. Numa academia tradicional, a média mensal de alunos que param de ir às aulas chega a 20% ao mês, segundo estimativas do setor. Na Leven, essa taxa é de 5%.

Agora, os sócios tentam descobrir como continuar crescendo sem abrir mão de ter apenas um aluno por professor. Em alguns horários, sobretudo no período da noite, a atual estrutura já não comporta mais novos alunos.

“Neste início de ano, tivemos de re­cusar matrículas”, diz Camarneiro. Abrir uma nova unidade pode ser prematuro — os donos ainda não se sentem seguros para lidar com a gestão de duas unidades. Edgard Corona, dono da rede de academias Bio Ritmo, e Steven Beggs, um dos fundadores da Seven, rede de escolas de idiomas que tem experiência em dar aulas particulares aos alunos, apontam algumas possibilidades.


Aproveitar melhor os horários ociosos
Steven Beggs, da  Seven - São Paulo, SP
Rede de escolas de idiomas com faturamento de 20 milhões de reais (estimativa do mercado em 2010)

Perspectivas: As aulas individuais atraem o aluno de maior poder aquisitivo que não quer ser tratado como mais um na multidão. É uma clientela rentável, que raramente abandona um contrato no meio do caminho. Na Seven, a evasão dos que fazem aulas particulares é bem menor que a verificada nas turmas maiores.

Oportunidades: No futuro, a Leven pode expandir por meio de franquias. Antes desse passo, os sócios devem abrir uma segunda unidade própria, no final de 2012, quando o negócio estiver mais maduro. Até lá, é preciso manter a marca em evidência e aumentar o lucro, atraindo alunos para o período da tarde, quando a academia está mais vazia.

O que fazer: É preciso atrair clientes que possam frequentar a academia durante a tarde, aumentando as receitas sem necessidade de ampliar a estrutura. Uma maneira de chegar ao público com esse perfil, como as donas de casa, é fazer convênios com salões de beleza e clínicas de estética.

Oferecer serviços especializados
Edgard Corona, da  Bio Ritmo - São Paulo, SP
Rede de academias de ginástica com faturamento de 85 milhões de reais (em 2010)

Perspectivas: O Brasil possui mais de 15.000 academias de ginástica e não é fácil se destacar. Os sócios da Leven escolheram bem ao decidir prestar um atendimento mais personalizado. Muitos consumidores não se importam de pagar mais por aulas individuais, desde que enxerguem que podem melhorar sua condição física mais rapidamente do que no treino tradicional.

Oportunidades: Se a proposta da Leven é não se parecer com outras academias, os sócios precisam fazer do lugar um centro de excelência em alguma especialidade, atendendo um único tipo de cliente, como os obesos, as gestantes ou os idosos.

O que fazer: Para crescer com esse modelo, os sócios precisam definir um perfil preferencial de clientes e montar uma equipe especializada para atendê-los. Também seria interessante ampliar a oferta de serviços, contratando nutricionistas, por exemplo. Assim, dá para aumentar as receitas com os mesmos alunos.

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Nos últimos anos, a academia de ginástica Leven vem crescendo ao atender clientes que não se preocupam em fazer exercícios apenas para melhorar a aparência.

“Nossos alunos não malham para ter um corpo atlético”, diz Marco Camarneiro, de 30 anos, um dos fundadores. “Eles tampouco gostam do ambiente agitado de academias.” Boa par­te dos alunos da Leven quer melho­rar o condicionamento físico por recomendação médica, para tratar uma lesão muscular ou dores na coluna.

Em 2010, a Leven faturou 200 000 reais. Para atrair um tipo de cliente que muitas vezes quer distância das academias, Camarneiro e seus dois sócios — os professores de educação física Vitor Barrella e Pedro Torteli, ambos de 27 anos — criaram um ambiente onde massa muscular em excesso não é bem-vinda. “Não contratamos professores marombados”, diz Camarneiro. “Nossos alunos não ficam à vontade com gente forte demais.”

A Leven se especializou em dar aulas individuais. Na sala de treinamento entram apenas seis alunos por vez. Cada um tem à disposição um professor exclusivo por 1 hora, como se fosse um personal trainer.

Esse tipo de atendimento ajudou a Leven a superar um dos obstáculos para o crescimento das academias de ginástica — o índice elevado de alunos que abandonam o treinamento. Numa academia tradicional, a média mensal de alunos que param de ir às aulas chega a 20% ao mês, segundo estimativas do setor. Na Leven, essa taxa é de 5%.

Agora, os sócios tentam descobrir como continuar crescendo sem abrir mão de ter apenas um aluno por professor. Em alguns horários, sobretudo no período da noite, a atual estrutura já não comporta mais novos alunos.

“Neste início de ano, tivemos de re­cusar matrículas”, diz Camarneiro. Abrir uma nova unidade pode ser prematuro — os donos ainda não se sentem seguros para lidar com a gestão de duas unidades. Edgard Corona, dono da rede de academias Bio Ritmo, e Steven Beggs, um dos fundadores da Seven, rede de escolas de idiomas que tem experiência em dar aulas particulares aos alunos, apontam algumas possibilidades.


Aproveitar melhor os horários ociosos
Steven Beggs, da  Seven - São Paulo, SP
Rede de escolas de idiomas com faturamento de 20 milhões de reais (estimativa do mercado em 2010)

Perspectivas: As aulas individuais atraem o aluno de maior poder aquisitivo que não quer ser tratado como mais um na multidão. É uma clientela rentável, que raramente abandona um contrato no meio do caminho. Na Seven, a evasão dos que fazem aulas particulares é bem menor que a verificada nas turmas maiores.

Oportunidades: No futuro, a Leven pode expandir por meio de franquias. Antes desse passo, os sócios devem abrir uma segunda unidade própria, no final de 2012, quando o negócio estiver mais maduro. Até lá, é preciso manter a marca em evidência e aumentar o lucro, atraindo alunos para o período da tarde, quando a academia está mais vazia.

O que fazer: É preciso atrair clientes que possam frequentar a academia durante a tarde, aumentando as receitas sem necessidade de ampliar a estrutura. Uma maneira de chegar ao público com esse perfil, como as donas de casa, é fazer convênios com salões de beleza e clínicas de estética.

Oferecer serviços especializados
Edgard Corona, da  Bio Ritmo - São Paulo, SP
Rede de academias de ginástica com faturamento de 85 milhões de reais (em 2010)

Perspectivas: O Brasil possui mais de 15.000 academias de ginástica e não é fácil se destacar. Os sócios da Leven escolheram bem ao decidir prestar um atendimento mais personalizado. Muitos consumidores não se importam de pagar mais por aulas individuais, desde que enxerguem que podem melhorar sua condição física mais rapidamente do que no treino tradicional.

Oportunidades: Se a proposta da Leven é não se parecer com outras academias, os sócios precisam fazer do lugar um centro de excelência em alguma especialidade, atendendo um único tipo de cliente, como os obesos, as gestantes ou os idosos.

O que fazer: Para crescer com esse modelo, os sócios precisam definir um perfil preferencial de clientes e montar uma equipe especializada para atendê-los. Também seria interessante ampliar a oferta de serviços, contratando nutricionistas, por exemplo. Assim, dá para aumentar as receitas com os mesmos alunos.

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