Meta do BNB é elevar crédito para pequena empresa
Banco do Nordeste desembolsou R$ 21 bilhões e, atualmente, a carteira de crédito da instituição é de R$ 39 bilhões
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2011 às 14h03.
Brasília - O novo presidente do Banco do Nordeste (BNB), Jurandir Vieira Santiago, afirmou hoje que a diretriz dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a gestão do banco é de aumento do crédito para as micro e pequenas empresas. Jurandir tomou posse hoje em cerimônia fechada à imprensa, no Ministério da Fazenda, e deu uma rápida entrevista na portaria do prédio após a cerimônia. Segundo ele, o banco tem para emprestar este ano R$ 10,6 bilhões do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) e R$ 4 bilhões de recursos próprios do banco.
Santiago afirmou que não há contrassenso entre a orientação do ministro para o BNB e a política do governo adotada este ano, de frear a expansão do crédito como auxílio ao combate à inflação. "Não acredito (em contrassenso). O crédito que promove o desenvolvimento tem de ser mantido", disse. Ele afirmou que o banco vai cada vez trabalhar mais alinhado com as políticas desenhadas pelo governo federal, promovendo o desenvolvimento regional.
No ano passado, segundo Santiago, o banco desembolsou R$ 21 bilhões e, atualmente, a carteira de crédito da instituição é de R$ 39 bilhões. Ele disse que terá reunião hoje à tarde no Ministério da Fazenda para saber como será a atuação do BNB no financiamento de projetos para a Copa do Mundo de 2014. O novo presidente admitiu que o banco pode ajudar no financiamento de reformas em estádios.
Sobre se haveria mudanças no BNB, Santiago disse que "alguma coisa pode mudar porque é um novo governo com uma nova diretriz". Ele destacou que, entre essas diretrizes, está o Programa de Combate à Miséria, do qual o BNB participará. Ele argumentou, porém, que é precipitado falar em mudanças, porque ele precisa se inteirar sobre a atuação do banco.
Novos financiamentos
Apesar da diretriz de Mantega, o desembolso de novos financiamentos do BNB deve cair 30% em 2011. Neste ano, segundo o novo presidente, o banco tem R$ 14,6 bilhões para novos empréstimos: R$ 10,6 bilhões de recursos do Fundo Constitucional do Nordeste e R$ 4 bilhões de recursos próprios. Em 2010, o banco desembolsou R$ 21 bilhões. Como o governo demorou mais cinco meses para escolher o novo presidente do BNB, há uma demanda reprimida de novos financiamentos do banco, o que tem causado insatisfação na região.
Governadores
Santiago disse ainda que procurará trabalhar em articulação com os governadores da região Nordeste, onde o banco atua. Ele tomou posse, no entanto, sem a presença de nenhum governador. Nem mesmo o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB, partido que é aliado do governo), participou da cerimônia no Ministério da Fazenda.
"Não tem estresse com os governadores", disse Santiago após a posse. O novo presidente do BNB já realizou uma reunião com os governadores do Nordeste na última sexta-feira. O senador petista José Pimentel (CE), que participou da cerimônia, afirmou que não há nenhum problema político com a indicação de Santiago para a presidência do banco. O parlamentar disse ainda que o BNB atenderá uma demanda reprimida de financiamentos na região. Em relação à ausência de Cid Gomes, Pimentel foi sucinto: "Ele tem outras prioridades". PT e PSB trabalharam nos bastidores para influir na indicação do novo presidente. Jurandir Santiago é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal.
Brasília - O novo presidente do Banco do Nordeste (BNB), Jurandir Vieira Santiago, afirmou hoje que a diretriz dada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a gestão do banco é de aumento do crédito para as micro e pequenas empresas. Jurandir tomou posse hoje em cerimônia fechada à imprensa, no Ministério da Fazenda, e deu uma rápida entrevista na portaria do prédio após a cerimônia. Segundo ele, o banco tem para emprestar este ano R$ 10,6 bilhões do Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) e R$ 4 bilhões de recursos próprios do banco.
Santiago afirmou que não há contrassenso entre a orientação do ministro para o BNB e a política do governo adotada este ano, de frear a expansão do crédito como auxílio ao combate à inflação. "Não acredito (em contrassenso). O crédito que promove o desenvolvimento tem de ser mantido", disse. Ele afirmou que o banco vai cada vez trabalhar mais alinhado com as políticas desenhadas pelo governo federal, promovendo o desenvolvimento regional.
No ano passado, segundo Santiago, o banco desembolsou R$ 21 bilhões e, atualmente, a carteira de crédito da instituição é de R$ 39 bilhões. Ele disse que terá reunião hoje à tarde no Ministério da Fazenda para saber como será a atuação do BNB no financiamento de projetos para a Copa do Mundo de 2014. O novo presidente admitiu que o banco pode ajudar no financiamento de reformas em estádios.
Sobre se haveria mudanças no BNB, Santiago disse que "alguma coisa pode mudar porque é um novo governo com uma nova diretriz". Ele destacou que, entre essas diretrizes, está o Programa de Combate à Miséria, do qual o BNB participará. Ele argumentou, porém, que é precipitado falar em mudanças, porque ele precisa se inteirar sobre a atuação do banco.
Novos financiamentos
Apesar da diretriz de Mantega, o desembolso de novos financiamentos do BNB deve cair 30% em 2011. Neste ano, segundo o novo presidente, o banco tem R$ 14,6 bilhões para novos empréstimos: R$ 10,6 bilhões de recursos do Fundo Constitucional do Nordeste e R$ 4 bilhões de recursos próprios. Em 2010, o banco desembolsou R$ 21 bilhões. Como o governo demorou mais cinco meses para escolher o novo presidente do BNB, há uma demanda reprimida de novos financiamentos do banco, o que tem causado insatisfação na região.
Governadores
Santiago disse ainda que procurará trabalhar em articulação com os governadores da região Nordeste, onde o banco atua. Ele tomou posse, no entanto, sem a presença de nenhum governador. Nem mesmo o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB, partido que é aliado do governo), participou da cerimônia no Ministério da Fazenda.
"Não tem estresse com os governadores", disse Santiago após a posse. O novo presidente do BNB já realizou uma reunião com os governadores do Nordeste na última sexta-feira. O senador petista José Pimentel (CE), que participou da cerimônia, afirmou que não há nenhum problema político com a indicação de Santiago para a presidência do banco. O parlamentar disse ainda que o BNB atenderá uma demanda reprimida de financiamentos na região. Em relação à ausência de Cid Gomes, Pimentel foi sucinto: "Ele tem outras prioridades". PT e PSB trabalharam nos bastidores para influir na indicação do novo presidente. Jurandir Santiago é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal.