PME

Loja que só vende sapatos números 33 e 34 recebe 3º aporte

O e-commerce, que foi inaugurado em janeiro deste-ano, recebeu mais 225 mil reais. A ideia é investir em marketing e ampliação do estoque

Sapato da 33e34: e-commerce, inaugurado neste ano, conquistou sua terceira rodada de investimentos (33e34/Divulgação)

Sapato da 33e34: e-commerce, inaugurado neste ano, conquistou sua terceira rodada de investimentos (33e34/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 23 de novembro de 2015 às 14h32.

São Paulo - A 33e34, loja online brasileira especializada em sapatos femininos nessas numerações, acaba de receber sua terceira rodada de aportes, no valor total de 225 mil reais.  

Criado em janeiro deste ano pela CEO e empreendedora Tânia Gomes Luz, o e-commerce trabalha com os números de sapatos femininos 33 e 34, difíceis de serem encontrados com uma variedade de modelos significativa nas lojas convencionais.

A startup disponibiliza mais de 180 modelos de 14 marcas, como Luiza Barcelos, Ballasox, Vicenza, Converse e Esdra. Alguns dos estilos de sapatos comercializados são basic, ethnic, minimal, entre outros.

Essa não é a primeira vez que a 33e34 recebe investimentos. O primeiro aporte foi capitaneado pelo investidor-anjo João Kepler, no valor de 300 mil reais. Já o segundo foi feito pela associação Mulheres Investidoras-Anjo (MIA), de Camila Farani, com um valor não informado.

Esse terceiro investimento foi recebido durante o Investor Day, evento realizado pela StartSe e pelo Broota na última quarta-feira (18). Nele, a startup fez um pitch de investimento ao vivo, com transmissão online. Depois da apresentação, poderiam ser realizados aportes de no mínimo 2,5 mil reais.

O investimento de 225 mil reais foi capitaneado pelo investidor-anjo Marco Poli, que já aportou em mais de 20 empresas. Desse valor, 155 mil reais foram aportados por investidores-anjo menores.

O destino desse aporte, diz Tânia, será para marketing e ampliação do estoque - tanto para maiores quantidades dos produtos existentes quanto para a entrada de novas marcas. Também está em planejamento uma linha de sapatos própria da 33e34. "Já conheço nossas clientes. Por isso, podemos oferecer algo mais próximo do que elas gostam."

Mercado promissor e futuro

Segundo Tânia, esse primeiro ano de negócio rendeu bons frutos, mesmo com a crise econômica. "Tivemos um ano muito feliz, em que construímos e tivemos reconhecimento da marca no mercado nacional. Já atingimos nosso break even [ponto de equilíbrio contábil] e estamos tranquilos quanto a isso. Provamos que o mercado existe e que o negócio é competitivo, mas principalmente nos posicionamos como a primeira loja que atende especificamente esse público", conta.

Ela afirma que, segundo estatísticas do setor calçadista, foram produzidos 25 milhões de sapatos femininos nas numerações 33 e 34 no ano de 2014. Cada mulher compra, em média, de cinco a oito sapatos por ano. Ou seja: pelo limite inferior da média, são ao menos cinco milhões de consumidoras no mercado.

"2016 é um ano em que precisamos ganhar capilaridade, ou seja, que uma boa parte dessas cinco milhões de mulheres comprem do negócio. Para isso, o investimento-anjo é uma opção muito boa, porque eu ganho um know-how muito bom", afirma. Essa será, provavelmente, a última rodada de investimento-anjo que a 33 e 34 fará. Ainda não há previsão de quando ocorrerá um novo aporte.

Acompanhe tudo sobre:e-commerceIdeias de negócioInternetInvestidor-anjoModaPequenas empresas

Mais de PME

ROI: o que é o indicador que mede o retorno sobre investimento nas empresas?

Qual é o significado de preço e como adicionar valor em cima de um produto?

O que é CNAE e como identificar o mais adequado para a sua empresa?

Design thinking: o que é a metodologia que coloca o usuário em primeiro lugar