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Juntas, pequenas e grandes empresas movimentam R$ 4,5 bi

A estimativa do Sebrae abarca negócios realizados entre 2008 e 2013


	Sebrae-SP: o programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas
 (Bernardo Rebello/Sebrae)

Sebrae-SP: o programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas (Bernardo Rebello/Sebrae)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2014 às 09h16.

São Paulo - As parcerias para a inserção de pequenos empreendimentos na cadeia de valor de grandes empresas já movimentaram R$ 4,5 bilhões em negócios entre 2008 e 2013, segundo estimativa do Sebrae.

O programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas.

Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o potencial de crescimento é grande, mas ainda existe uma barreira muitas vezes intransponível - o grande empresário acha que o pequeno não é capaz e ele, por sua vez, não reconhece nessa parceria algo possível de ser alcançado pelo seu negócio.

"Elas são concorrentes em alguns momentos, mas podem ser complementares e ter uma relação cooperativa. O programa é uma forma de ampliar o mercado para as pequenas e ao mesmo tempo enfrentar o principal desafio do Brasil, que é a produtividade", diz Barretto.

Até começar a frequentar os cursos promovidos pelo Sebrae, em 2008, nunca tinha passado pela cabeça do empresário Hebert José França fazer negócios com grandes corporações.

Dono da Sudpar, um pequeno comércio de parafusos e ferramentas do Espírito Santo, França aprendeu o caminho e passou a buscar parcerias.

Atualmente, 40% dos clientes são grandes empresas - elas responderam por 60% do faturamento de R$ 1,2 milhão registrado no ano passado. "Relacionamento é tudo", conta.

Já a empresa Jevin foi criada especificamente para atender a Petrobrás nas compras de pequenos valores, como caixas de lâmpadas e fusíveis. Há 15 anos, a estatal respondia por 90% da receita. Hoje, esse porcentual é de 20%.

"Não dependemos apenas de um cliente. Várias empresas de óleo e gás chegaram ao País e fomos atrás de informação para fazer negócios", diz Guilherme Capistrano Cunha, sócio da empresa com os tios João Horácio e Evandro Cunha.

A empresa, com escritório em Macaé (RJ) e Vila Velha (ES), resolveu focar na área de telecomunicações - a Jevin aluga rádios para comunicação das equipes nas plataformas de petróleo e também realiza projetos para implantação do sistema de comunicação via satélite.

"Sempre tem oportunidade, mas é preciso entender onde está o mercado. Participar de eventos do setor é uma opção porque ninguém vai te ver dentro do escritório", diz Cunha.

A Jevin faturou R$ 24 milhões em 2013. Entre os clientes, 10% das empresas são grandes e respondem por 60% do faturamento.

Debate

O assunto será tema do Encadear, evento promovido pelo Sebrae nos dias 21 e 22, em São Paulo. "Vejo a questão do encadeamento produtivo como uma boa ideia para que a inovação e novos ensinamentos sejam implantados.

A discussão não fica só na teoria", afirma o diretor da M. Dias Branco, Luiz Eugênio Lopes Pontes, executivo que vai participar do evento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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