São Paulo - As parcerias para a inserção de pequenos empreendimentos na cadeia de valor de grandes empresas já movimentaram R$ 4,5 bilhões em negócios entre 2008 e 2013, segundo estimativa do Sebrae.
O programa de encadeamento produtivo da entidade conta com 116 projetos, que já beneficiaram 19,5 mil micro e pequenas empresas.
Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, o potencial de crescimento é grande, mas ainda existe uma barreira muitas vezes intransponível - o grande empresário acha que o pequeno não é capaz e ele, por sua vez, não reconhece nessa parceria algo possível de ser alcançado pelo seu negócio.
"Elas são concorrentes em alguns momentos, mas podem ser complementares e ter uma relação cooperativa. O programa é uma forma de ampliar o mercado para as pequenas e ao mesmo tempo enfrentar o principal desafio do Brasil, que é a produtividade", diz Barretto.
Até começar a frequentar os cursos promovidos pelo Sebrae, em 2008, nunca tinha passado pela cabeça do empresário Hebert José França fazer negócios com grandes corporações.
Dono da Sudpar, um pequeno comércio de parafusos e ferramentas do Espírito Santo, França aprendeu o caminho e passou a buscar parcerias.
Atualmente, 40% dos clientes são grandes empresas - elas responderam por 60% do faturamento de R$ 1,2 milhão registrado no ano passado. "Relacionamento é tudo", conta.
Já a empresa Jevin foi criada especificamente para atender a Petrobrás nas compras de pequenos valores, como caixas de lâmpadas e fusíveis. Há 15 anos, a estatal respondia por 90% da receita. Hoje, esse porcentual é de 20%.
"Não dependemos apenas de um cliente. Várias empresas de óleo e gás chegaram ao País e fomos atrás de informação para fazer negócios", diz Guilherme Capistrano Cunha, sócio da empresa com os tios João Horácio e Evandro Cunha.
A empresa, com escritório em Macaé (RJ) e Vila Velha (ES), resolveu focar na área de telecomunicações - a Jevin aluga rádios para comunicação das equipes nas plataformas de petróleo e também realiza projetos para implantação do sistema de comunicação via satélite.
"Sempre tem oportunidade, mas é preciso entender onde está o mercado. Participar de eventos do setor é uma opção porque ninguém vai te ver dentro do escritório", diz Cunha.
A Jevin faturou R$ 24 milhões em 2013. Entre os clientes, 10% das empresas são grandes e respondem por 60% do faturamento.
Debate
O assunto será tema do Encadear, evento promovido pelo Sebrae nos dias 21 e 22, em São Paulo. "Vejo a questão do encadeamento produtivo como uma boa ideia para que a inovação e novos ensinamentos sejam implantados.
A discussão não fica só na teoria", afirma o diretor da M. Dias Branco, Luiz Eugênio Lopes Pontes, executivo que vai participar do evento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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1. Grandes negócios
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1/11 (Getty Images)
São Paulo – Empreendedores que faturam com outros
empreendedores. Hoje, muitas
startups escolheram negócios focados em pequenas empresas para crescer.
De acordo com dados do Sebrae Nacional, o Brasil terá 4 milhões de pequenos empreendedores até 2014. Os dados revelam um mercado consumidor de produtos para PMEs bastante promissor às empresas que se interessam a atuar neste universo. O estudo revela ainda que a maioria vê com bons olhos a formalização do negócio, o que incrementa ainda mais este setor. Veja as histórias de 10 startups que oferecem serviços para PMEs e estão ganhando espaço no mercado.
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2. ContaAzul
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Sem a necessidade de contratos de longo prazo e taxas de implantação, a startup ContaAzul oferece um sistema de gestão online para micro e pequenos negócios. Fundada no final de 2011 e comandada pelos sócios Vinicius Roveda, 31 anos, José Sardagna, 32 anos, João Zaratine, 25 anos, e Marcelo dos Santos, 38 anos, a startup foi a primeira brasileira selecionada pela 500Startups, e ficou incubada por quatro meses nos Estados Unidos. A ideia de criar o negócio surgiu diante de uma necessidade dos próprios empreendedores, que sentiam falta de um sistema simples para gerenciar um negócio. A receita vem da subscrição das PMEs. Recentemente, a ContaAzul concluiu o quarto round de investimentos com a participação do Valar Ventures, fundo de investimento norte-americano que tem como um dos sócios Peter Thiel, co-fundador do Paypal.
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3. Logovia
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3/11 (Divulgação/Logovia)
O Logovia possui uma plataforma que facilita o acesso de micro e pequenos empreendedores ao design gráfico profissional. O cliente explica o quanto pode investir e como deseja o produto e a a startup cria um concurso para os designers da comunidade. Quem melhor atender a demanda recebe o pagamento. Os empreendedores Carmelo Queiroz, 26 anos, Pedro Renan, 24 anos, e Davi Rocha, 26 anos, fundaram a startup em agosto de 2011 e investiram 30 mil reais para começar o negócio. Eles ganham uma porcentagem do valor de cada projeto. A ideia de criar a startup surgiu da necessidade de um dos fundadores, que não encontrava um design de qualidade com um preço acessível. Atualmente, o Logovia está participando do programa de aceleração da TreeLabs.
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4. BetaLabs
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4/11 (Divulgação)
A BetaLabs foi fundada pelos empreendedores Felipe Cataldi e Luan Gabellini, ambos de 24 anos, em 2009. A startup é especializada em desenvolvimento de softwares de gestão empresarial em cloud computing e plataforma de e-commerce para PMEs. Em parceria com o Paypal, a startup tem o sistema Gestão Já, que oferece a estrutura necessária que micros e pequenas empresas necessitam para integrar os dados e processos como estoque, cadastro de clientes e funcionários, caixa, entre outros. A receita vem das mensalidades pagas pelos clientes pelo uso do software.
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5. VirtualBiz
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5/11 (Divulgação)
A frase “comece a vender na internet em apenas 30 minutos” estampa a home da VirtualBiz, plataforma para construção de lojas virtuais, fundada pelo empreendedor Vinicius Pessin, 42 anos. No ar desde julho deste ano, a ideia de criar a startup veio da dificuldade de pequenos empreendedores em vender pela internet. Foram investidos 200 mil reais para começar o negócio e a startup recebeu investimento de 1,2 milhão de reais. O modelo de receita da VirtualBiz é baseado em mensalidades, cujos valores variam de acordo com o número de produtos que o empresário irá oferecer. O serviço é gratuito para catálogos com até 10 produtos.
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6. We Do Logos
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6/11 (Divulgação/We Do Logos)
Contratar serviços de design e comunicação visual pode custar muito. Pensando nisso, o empreendedor Gustavo Mota, 31 anos, fundou a We Do Logos, em setembro de 2010. A startup oferece serviços para o desenvolvimento da identidade visual de micro empresas, como logo, papelaria, websites, embalagens e uniformes. Foram investidos 150 mil reais para começar o negócio. A empresa já atendeu mais de 10 mil clientes, sendo 99% de pequeno porte, e tem 30 mil designers cadastrados. O modelo de receita da We Do Logos tem como base uma comissão sobre as vendas realizadas por meio do site.
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7. Superbid PME
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A Superbid PME era um projeto piloto da Superbid, empresa de leilão online de ativos, com processos e procedimentos sendo ajustados pra atender a um novo nicho de mercado porque havia demanda por parte das PMEs. Fundada pelos empreendedores Ronaldo, 40 anos, e Rodrigo Santoro, 43, anos, o lançamento oficial aconteceu neste ano. O serviço oferecido é o leilão online de ativos, como máquinas, mobiliários, entre outros. As empresas não pagam pelo cadastramento, mas pagam uma comissão que varia entre 3% e 15% sobre o preço da venda do produto. Hoje, a startup atende cerca de 1,4 mil pequenas e médias empresas e quer alcançar a marca de 6 mil até 2015.
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8. SitePX
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Os empreendedores Luciano Kalil, 35 anos, e Ricardo Monteiro, 34 anos, decidiram criar um sistema de criação e administração de sites para PMEs que fosse simples. O SitePX foi fundado em junho do ano passado e é voltado para pequenos empresários que desejam aprender a criar um site profissional. A receita da startup vem de uma mensalidade de 9,90 reais paga pelos clientes.
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9. BidSmart
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9/11 (Divulgação)
Fundada em janeiro deste ano, a BidSmart é especializada em soluções de marketing digital para PMEs e Parceria Premium Google. A Blinks, empresa especializada em mídias de performance, foi incubadora do projeto durante um ano. Comandada pelos empreendedores Rogério Silberberg, 40 anos, Paula Puppi, 38 anos, e Pedro Cesario (foto), 27 anos, a startup oferece cinco pacotes de mensalidades e cobra uma taxa administrativa sobre o valor investido nas mídias. O objetivo é solucionar o problema do pequeno empresário que tem necessidades de divulgação local, verba reduzida e falta de tempo.
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10. Sympla
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A startup Sympla é uma plataforma online de gerenciamento de eventos, com foco no produtor independente e nas pequenas e médias empresas, e foi fundada pelos empreendedores Rodrigo Cartacho, 32 anos, e Marcelo Cartacho, 36 anos, em janeiro do ano passado. A receita vem de uma taxa de 10% sobre os ingressos vendidos pela plataforma.
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11. Agora, veja mais sobre empreendedorismo
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11/11 (Divulgação)