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Incubadoras devem receber mais investimentos do governo

Inovação é prioridade dentro da política industrial do governo da presidente Dilma Rousseff, diz Ronaldo Mota, do Ministério de Ciência e Tecnologia

Sem apoio do Sebrae, incubadoras paulistas estão ameaçadas (Divulgação/Cietec)

Sem apoio do Sebrae, incubadoras paulistas estão ameaçadas (Divulgação/Cietec)

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 14h02.

Brasília - A inovação é prioridade dentro da política industrial do governo da presidente Dilma Rousseff, segundo afirma o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ronaldo Mota.

Um pacote de ações, que deve ser apresentado em breve, está sendo desenvolvido pelos ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de Ciência e Tecnologia e pela Casa Civil.

“Uma das medidas discutidas é criar incentivos mais robustos para parques tecnológicos e incubadoras de empresas. A  inovação deve ser prioridade para que o Brasil se torne mais competitivo no mercado global”, afirma o secretário, em entrevista à Agência Sebrae de Notícias (ASN). De acordo com ele, haverá benefícios fiscais para impulsionar a economia verde e criativa.

Entre as formas de apoio, o governo pretende liberar bolsas para pesquisadores e financiamento, subvenção econômica e incentivos fiscais para incubadoras de empresas e parques tecnológicos. O objetivo é estimular o desenvolvimento de negócios cujos produtos sejam baseados em conhecimento e inovação tecnológica e estimular a interação do setor empresarial com universidades e institutos de pesquisa. Na opinião de Ronaldo Mota, apoiando a geração sistemática de inovações, o governo ajuda a contribuir para reduzir taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas e estimula a competitividade e geração de empregos de alto valor agregado.

Iniciativa privada

O Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (PNI) tem a sua continuidade prevista para o período 2011-2015. De 2007 a 2010, o programa apoiou 46 projetos de incubadoras e parques tecnológicos no valor total de R$ 175 milhões. Mas, além dos investimentos públicos, é preciso impulsionar o foco da iniciativa privada nos projetos de inovação, segundo o secretário. Os investimentos públicos no Brasil, de acordo com ele, estão em torno de 0,60% do Produto Interno bruto (PIB), dentro da faixa indicada pela experiência internacional.

“Nos últimos anos, os investimentos públicos em ciência, tecnologia e inovação aumentaram três vezes, mas, falta acontecer algo parecido com os recursos privados. O setor privado é o protagonista nos países avançados. Mais de 70% dos dispêndios em pesquisa e desenvolvimento são realizados pelas empresas na média mundial”, observa.

Incentivar a inovação também é prioridade nas políticas do Sebrae. Somente o Sebrae Nacional vai investir R$ 500 milhões em inovação entre 2011 e 2013. “Inovar não tem fórmula única. A gente quer apoiar as pequenas empresas de acordo com seu estágio de maturação e o mercado a que se destinam. Vamos trabalhar de forma estratificada, dando o remédio certo”, afirma o gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae, Edson Fermann, que integra o Comitê Consultivo do PNI.

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