São Paulo – Em menos de dois meses, o iFood, site especializado em delivery online, anunciou a aquisição de outro player do segmento: a startup A Deliveria. O valor da compra não foi divulgado pelas empresas. Em março, a marca incorporou a startup Apetitar.
Com a aquisição, o iFood expande suas operações para Londrina, no Paraná, e cidades adjacentes. Atualmente, A Deliveria tem 15 mil pedidos mensais e 150 estabelecimentos cadastrados.
Em comunicado, Carlos Moyses, CFO do iFood, afirma que aquisições de players atuantes em cidades de destaque auxiliam na difusão e desenvolvimento do serviço de delivery online. “Empresas como A Deliveria possuem clientes fiéis, que têm como hábito o consumo de solicitar comida via internet ou aplicativos para celular. Desta forma, a oportunidade do crescimento da base de clientes e estabelecimentos é conduzido de forma instantânea”, disse.
“Ficaremos na operação até setembro e a partir de outubro o controle passará a ser do iFood. Nesse período realizaremos os ajustes necessários para os clientes se adaptarem a nova plataforma”, esclarece, também em nota, Roberto Moreira, co-fundador d’A Deliveria.
Em 2014, o iFood comprou as startups Central Delivery, Papa Rango e Alakarte. Em setembro do mesmo ano, a empresa anunciou a fusão com o RestauranteWeb para virar líder no mercado.
Até o final desse ano, o iFood quer expandir o seu serviço para mais 10 mil estabelecimentos e redes de alimentação e superar a marca de 700 mil pedidos por mês em todo o país.
7 áreas que as startups podem explorar em 2015
Respondido por Fernando de la Riva, da Concrete Solution É muito provável que o nosso cenário econômico para 2015 seja de estagflação, ou seja, baixo crescimento, inflação alta e, consequentemente, se o Banco Central continuar perseguindo alguma meta de inflação, juros altos. Temos uma exaustão do modelo de crescimento baseado em crédito e consumo, com aumento do endividamento das famílias e alto preço da energia. Pode parecer uma má notícia a princípio, mas esse contexto forma um mar de oportunidades para os
empreendedores , que devem sempre buscar dores a serem resolvidas, grandes mercados e margem. Com isso, seguem algumas áreas em que considero boas hipóteses para novas startups no Brasil. Navegue nas fotos acima para conferir as oportunidades.
Veja nas fotos as 7 áreas que as startups podem explorar em 2015. 2. 1. Educação 2 /9(Gustavo Gargioni/Especial/Fotos Públicas)
Um dos pilares da nossa baixa produtividade, o setor de educação no Brasil é um problema antigo e, talvez, o mais importante. A má qualidade no nível mais básico causa a longo prazo uma grande escassez de desenvolvedores e engenheiros, por exemplo. Neste sentido, startups que considerem formas de aplicar a educação à distância móvel, adaptativa e “gamificada” têm uma dor bastante importante a ser resolvida, um mercado grande e margem. Grandes mercados têm a ver com grandes múltiplos e recorrência. Qualquer modelo de negócios que mire nas milhões de crianças que estão no ensino fundamental, por exemplo, atende estes dois quesitos. Um exemplo de problema que merece ser considerado pelas novas startups nesta área é a dificuldade que pais têm para achar escolas para seus filhos com menos de seis anos. O processo é complicado: os pais têm que visitar escolas, uma a uma, e avaliar diversas características e atividades, além de ter que se preocupar com vagas e processos seletivos. Startups que pensem em soluções para este problema e conectem mais facilmente as escolas aos pais, unificando o processo de inscrição de alunos na primeira escola, por exemplo, também podem ser uma boa aposta.
3. 2. Saúde 3 /9(Portra Images)
Outra ineficiência bastante relevante no Brasil, está na saúde. O mercado de planos de saúde, por exemplo, é “super regulado”, com problemas de margem e muitas vezes pautado por relações conflituosas com o cliente. Com o esvaziamento das agências reguladoras, é um ótimo campo para procurar ineficiência. Em setores como o de Telecom, esse problema gerou o conceito de MVNO (Mobile Virtual Network Operator); em serviços financeiros, gerou iniciativas como o BankSimple no exterior e agora o NuBank no Brasil. Uma estrutura leve e barata de bom atendimento pode funcionar bem “por cima” da estrutura de planos de saúde atual. A questão de marcação de consultas, exames e prontuários digitais também é outra área que merece atenção das startups de tecnologia. Iniciativas neste sentido ainda são poucas e pouco exploradas, cabem concorrência e novas ideias. Uma startup que ofereça a ideia de “fast health” ou clínicas particulares de baixo custo em locais de grande fluxo e estruturas de autoatendimento de baixo custo baseadas em web e mobile pode ter mercado.
4. 3. Mercado imobiliário 4 /9(Henrique Pinto/Creative Commons/Flickr)
Vivemos um período de aumento da inadimplência, que cresceu 17,2% no último ano, e de endividamento das famílias brasileiras, que chegou a 63,4% no início de 2014 de acordo com a CNC. Segundo uma pesquisa recente, houve aumento de 40% no número de devoluções de imóveis comprados na planta. Neste contexto, pode ocorrer um processo de incapacidade das famílias de pagarem seus contratos de financiamento imobiliário. Alguém que facilite a reestruturação desses contratos e renegociação da dívida ou a revenda desses imóveis talvez esteja no lugar certo e na hora certa.
5. 4. Mobilidade urbana 5 /9(Jerome Favre/Bloomberg)
Apesar do nosso recente ciclo de startups de tecnologia ter sido muito calcado em e-commerce, a dor desse tópico é enorme e já existem casos de sucesso de empreendedores no Brasil e fora do país. O Moovit conseguiu aumentar a eficiência dos transportes públicos por meio da sincronização, com o Waze já é possível andar melhor no trânsito de carro, o EasyTaxy ajudou a melhorar o mercado de táxis e o Uber reduziu drasticamente o tempo de cada “chamada”. Todas elas começaram a resolver o problema, mas ainda existe ineficiência a ser combatida e espaço para novas ideias.
6. 5. Soluções hiperlocais 6 /9(Getty Images)
Qualquer modelo de negócio baseado em conectar pessoas tem um problema de contexto. O número excessivo de “matchs” no Tinder, por exemplo, pode ser tão ruim quando a falta deles. O processo de matching, puro e simples, baseado em raios de quilômetros, é muito ineficiente. Neste sentido, é possível disruptar esse mercado de seleção, encontros e relacionamentos restringindo nichos e criando redes especiais de pessoas que já estão fisicamente ligadas.
7. 7. Big data, internet das coisas e impressão 3D 7 /9(Divulgação)
Existem áreas que já estão avançando em outros países, mas que ninguém ainda assumiu o controle aqui no Brasil. Vale a pena considerar essas novas tecnologias como forma de disruptar mercados e criar novas ideias para empreender. Ineficiências e carência de serviços de qualidade o Brasil tem. Cabe aos novos empreendedores as ideias para mudar esse conceito e evoluir.
8. Agora, conheça negócios lucrativos 8 /9(PhotoRack)